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Psicoterapeuta dá dicas para transtornos alimentares causados pela ansiedade: "Criamos âncoras"

Nesta semana, o programa Mulheres Positivas recebeu uma psicoterapeuta para falar sobre a saúde mental feminina.

Por Comando da Notícia

08/05/2023 às 17:21:30 - Atualizado há

Nesta semana, o programa Mulheres Positivas recebeu uma psicoterapeuta para falar sobre a saúde mental feminina. Entre os temas, a especialista Pollyana Esteves conversou com a apresentadora Fabi Saad sobre transtornos alimentares causados pela ansiedade e depressão. “A que mais procuram é pelo peso e compulsão, por não conseguirem gostar da própria imagem. Sobre não conseguir ter controle na comida. É o que mais aparece, está mascarando outras questões. A gente vai achando problemas reais que estão por trás do problema. O que acontece é isso, a gente faz âncoras. Quando linco o sentimento de uma situação, momento felizes com a família, é uma comida envolvida. Eu trago a felicidade para aquela comida. A questão é essa, todo excesso está tentando preencher o vazio de algo”, pontuou. “Qual é o sentimento que estou jogando na comida, qual pessoa estou projetando naquele comida? A primeira coisa é acessar o inconsciente, o que aquele peso representa para mim. A mesma coisa é a questão da comida, prestar atenção quando você vai comer, se é fome ou ansiedade. ‘Estou cansado, estou triste, vou comer.’ Começar a entender mais as emoções, entrar em contato ao invés de só responder o impulso. Qual momento estou buscando. Às vezes, se eu me lembrar do momento e da pessoa, consigo trazer o sentimento sem precisar da comida”, complementou.

Para a autoimagem, Pollyana aconselhou mães que criticam as aparências dos filhos e afirmou que é necessário interpretar críticas construtivas e insultos. “É impressionante o quanto as pessoas acreditam nisso. A gente deixou ser definido por um corpo, eu não sou um corpo. Sou mais que isso. Tem mães que falam para a filha: ‘Você é gorda, ninguém vai te querer.’ A gente vai colocando isso na cabeça das pessoas também. Ninguém nasce assim, vai sendo colocado na nossa cabeça, as pessoas vão falando, e a gente, acreditando. A gente precisa calar essa voz, nasceu bom o suficiente. Tirando esses conceitos e essas vozes que achamos que são nossos, mas não são”, explicou. “O principal é começar a raciocinar se o que as pessoas falam tem sentido ou não. Quando a pessoa te critica, pare e pensa. Tem sentido? Não precisa ficar magoada, como posso mudar sem ficar magoada. Começar a entender que por trás de quem fere tem uma pessoa ferida”, aconselhou.

A psicóloga ainda definiu o termo “Quarto de Jack”, usado para explicar as primeiras concepções de vida e a formação de anseios e perspectivas pessoais. “Quando a gente nasce, o quarto de Jack é nossa casa. Não sei o que é bom ou ruim, o que é saudável ou não, ou o que é bonito ou feio. Sei através do que estou vivendo, o relacionamento dos meus pais. Isso vai criando os condicionamentos. O que vejo, escuto e experiencio. Desde pequeno a gente sofre uma lavagem cerebral, ninguém nunca para de raciocinar se quer. A felicidade está dentro da gente, tudo que eu terceirizar para os outros é a melhor maneira de me frustrar na vida”, disse. Esteves ainda deu dicas para casais em processo de divórcio e o emocional dos filhos.

“A pior coisa que você pode fazer é ser infeliz. A criança se sente responsável pela infelicidade da mãe, isso é péssimo. Quando você se separa, tenha maturidade de entender que os pais continuam. O problema é ser mãe e se separar sem criar a criança interior dela”, concluiu.

Confira na íntegra a entrevista com Pollyana Esteves:

Fonte: Jovem pan
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