DNA de mortos após ataque em Confresa será usado para rastrear envolvidos em mega-assaltos pelo país
O material foi coletado por peritos do Tocantins e encaminhado para perícia em Mato Grosso.
Por Comando da Notícia 09/05/2023 às 14:00:33 - Atualizado há
Material genético dos mortos durante a Operação Canguçu é analisado pela Polícia Civil de Mato Grosso para verificar se eles participaram de assaltos semelhantes pelo país. Os alvos da força-tarefa são assaltantes da modalidade novo cangaço, que aterrorizaram a cidade de Confresa, há um mês, para roubar dinheiro da transportadora Brink"s.
Segundo publicado pelo portal UOL, o material foi coletado por peritos do Tocantins e encaminhado para perícia em Mato Grosso. Com análise, será possível identificar comparsas dos bandidos mortos e descobrir se eles atuaram em outros mega-assaltos pelo pais, como em Araçatuba (SP), em agosto de 2021. O DNA também será incluído no Banco Nacional de Perfis Genéticos, plataforma que coleta dados de vestígios de DNA deixados em crimes em todo país.
"O material genético foi arrecadado para que pudesse ser comparado com os vestígios deixados pelos criminosos envolvidos em outros mega-assaltos, como o de Araçatuba", disse o delegado da Polícia Civil de Tocantins, Evaldo Gomes.
A tentativa de assalto aconteceu no dia 9 de abril, quando cerca de 20 homens fortemente armados cercaram o quartel da Polícia Militar e explodiram a sala do cofre da transportadora Brink"s. Enquanto dois grupos ateavam fogo nos carros e mantinham os agentes presos, os demais invadiram a empresa.
A fumaça exalada na sala do cofre fez com que os bandidos desistissem do roubo e fugissem para Tocantins, segundo Paulo Sérgio Alberto de Lima, de 48 anos, o primeiro preso na Operação. "É tipo enxofre. Você não consegue ficar perto dela. Não tem jeito. Entrou mais gente, mas ninguém conseguiu ficar perto. Tinha que sair fora. Desistiu, teve que ir embora, não conseguia pegar", contou em depoimento.
Desde o ataque foram mobilizados cerca de 350 policiais de seis estados para atuar nas buscas. O saldo da força-tarefa é de 16 suspeitos mortos e cinco presos. Ao longo da operação, foram apreendidas 16 armas, dentre elas dois fuzis .50 e 11 AK-47, carregadores, milhares de munições, coletes balísticos, capacetes balísticos, materiais explosivos e detonadores, além de coturnos, luvas, joelheiras, cotoveleiras, balaclavas e mochilas.