A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, pediu nesta quinta-feira, 15, aos grupos políticos do país – que se preparam para o processo eleitoral que antecede as eleições presidenciais de outubro – para discutirem o “terrível” endividamento com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, pediu nesta quinta-feira, 15, aos grupos políticos do país – que se preparam para o processo eleitoral que antecede as eleições presidenciais de outubro – para discutirem o “terrível” endividamento com o Fundo Monetário Internacional (FMI). “É necessário que reflitamos e promovamos de forma consciente, responsável, que haja um diálogo entre todas as forças políticas para abordar a terrível questão do endividamento com o FMI, que hoje é o principal problema da Argentina”, disse a vice-presidente em evento na província de Santa Cruz, no sul do país. Na oportunidade, Cristina voltou a questionar o FMI por ter concedido em 2018, ao então governo do conservador Mauricio Macri, empréstimos de cerca de US$ 50 bilhões que o atual governo de Alberto Fernández teve de aceitar refinanciar em março de 2022 devido à falta de condições da Argentina para honrar essa dívida. A vice-presidente recordou que, antes da assinatura de um novo acordo de facilidades estendidas com o FMI, no ano passado, alertou para os riscos que poderia representar um novo pacto, que inclui metas fiscais e monetárias exigentes que a Argentina tem sérias dificuldades em cumprir. Cristina Kirchner comentou que o acordo de 2022, além de não reduzir nem o capital nem os juros da dívida contraída em 2018, inclui “sobretaxas” de juros “devido à magnitude do empréstimo concedido”. Para ela, Christine Lagarde, diretora-geral do FMI na altura do acordo de 2019, e Kristalina Georgieva, que ocupa esse cargo desde outubro de 2019, têm “responsabilidades compartilhadas” pelo endividamento da Argentina. A ex-presidente entre 2007 e 2015 disse que o país precisa de “um modelo que acabe com a economia bimonetária e que permita ter uma postura única, uniforme, nacional e patriótica diante daqueles que exigem programas de ajuste”.