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Rússia reconhece revés na guerra, mas afirma que está repelindo contraofensiva da Ucrânia

Pela primeira vez, a Rússia reconheceu um revés na guerra na Ucrânia.


Pela primeira vez, a Rússia reconheceu um revés na guerra na Ucrânia. Nesta sexta-feira, 16, o exército russo disse que há intensos combates no sul da Ucrânia, pelo controle das cidades de Rivnopil e Urojaine, e afirmou que há um revés no terreno. A Ucrânia reivindicou a libertação de algumas cidades e cerca de 100 km², principalmente na frente sul. “Os combates mais ativos ocorrem nas cidades de Rivnopil e Urojaine”, disse o exército russo. Essas cidades somam-se a outras que a Ucrânia alegou ter recuperado na semana passada, na área de Vremivka. O exército ucraniano relatou progresso na quinta-feira, apesar da “resistência poderosa” das tropas russas. A área de Vremivka fica dez quilômetros ao norte das principais linhas fortificadas russas, formadas por trincheiras e armadilhas antitanque. Contudo, apesar desse comunicado, a Rússia, incluindo o presidente Vladimir Putin, garantiu que a contraofensiva ucraniana é um fracasso e que todas as ofensivas foram repelidas. “As Forças Armadas ucranianas não têm qualquer possibilidade lá, ou em qualquer outra área”, disse Putin, referindo-se à contraofensiva lançada por Kiev no sul da Ucrânia, durante um fórum econômico em São Petersburgo.

Moscou afirmou que “cinco ataques das Forças Armadas ucranianas foram impedidos”. O fato de haver combates pelo controle dessas cidades faz com que as linhas russas tenham recuado alguns quilômetros para o sul e leste, na fronteira das regiões de Zaporizhzhia e Donetsk, parcialmente ocupadas pela Rússia. As forças ucranianas “usaram suas supostas respostas estratégicas para romper as defesas [russas], consolidar as suas próprias e avançar. Nenhum desses objetivos foi alcançado”, disse o líder russo. Putin insistiu que a Ucrânia estava sofrendo “perdas muito pesadas” e considerou que não seria capaz de lutar “por muito tempo” devido ao esgotamento de seu equipamento militar. Nesta sexta, a Força Aérea da Ucrânia afirmou que derrubou 12 mísseis russos, incluindo seis hipersônicos Kinzhal, durante um ataque contra Kiev, que recebe a visita de uma delegação de líderes africanos em busca de uma solução para o conflito.

Além dos seis mísseis hipersônicos, também foram derrubados seis mísseis de cruzeiro Kalibr e dois drones de reconhecimento, informou a Força Aérea no Telegram. O comandante da administração militar de Kiev, Serguei Popko, disse que todos foram interceptados na área da capital. Segundo analistas militares, a Ucrânia ainda não usou a maior parte de suas forças em sua contraofensiva e ainda está tentando determinar onde estão os pontos fracos. Os ataques no Leste Europeu acontecem em um momento em que a delegação africana está no país para discutir um plano de paz com Volodymyr Zelensky. Depois eles embarcam para Rússia, onde vão se encontrar com Putin no sábado, 17.

 

 

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