O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, alertou sobre a ameaça nuclear da Rússia e reafirmou a promessa de trabalhar para tornar o mundo livre de armas nucleares, em um discurso marcando os 78 anos desde a queda da bomba atômica em Hiroshima neste domingo (6).
78 years since the atomic bombing of #Hiroshima, the world joins Hiroshima SUP (Stand Up Paddleboard) Club's "PADDLE for PEACE." Participants cleaned the Ota River and tonight guide floating lanterns, each paddle symbolizing peace
& hope. https://t.co/w6XH3SBaSe#GlobalGoals pic.twitter.com/6RpHn2pY7r — The Gov't of Japan (@JapanGov) August 6, 2023
"Como o único país que experimentou o horror da devastação nuclear na guerra, o Japão continuará incansavelmente com seus esforços para criar ‘um mundo sem armas nucleares’", disse Kishida em comentários proferidos em Hiroshima, em homenagem às vítimas. , suas famílias e aqueles que ainda sofrem os efeitos da bomba.
Ele alertou ainda que, embora a ameaça da Rússia e outras preocupações "tornem esse caminho ainda mais difícil", é ainda mais importante reorientar os esforços para a missão.
"A crescente divisão dentro da comunidade internacional sobre abordagens para o desarmamento nuclear, a ameaça nuclear feita pela Rússia e outras preocupações agora tornam esse caminho ainda mais difícil. Mas é precisamente por causa dessas circunstâncias que é imperativo para nós revigorar o ímpeto internacional mais uma vez rumo à realização de um ‘mundo sem armas nucleares’", disse Kishida.
Kishida apontou para a recente Cúpula do G7 em Hiroshima, durante a qual os líderes mundiais ouviram os sobreviventes das bombas e disse que o ponto de partida para o progresso "é entender com precisão as trágicas realidades dos bombardeios atômicos".
A Rússia recentemente intensificou sua posição nuclear contra a Ucrânia e o Ocidente, transferindo recentemente armas táticas nucleares para a Bielo-Rússia, pela primeira vez desde 1962.
O ex-presidente russo Dmitry Medvedev, aliado do presidente russo Vladimir Putin, também disse recentemente que, se a Ucrânia for bem-sucedida em sua contra-ofensiva contra a Rússia para recuperar suas terras, a Rússia "teria que" usar armas nucleares.
GAZETA BRASIL