Subiu para 22 o número de mortes durante a Operação Escudo, da Polícia Militar, em andamento na Baixada Santista, litoral de São Paulo, desde o fim de julho.
Subiu para 22 o número de mortes durante a Operação Escudo, da Polícia Militar, em andamento na Baixada Santista, litoral de São Paulo, desde o fim de julho. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), as últimas mortes confirmadas ocorreram nas cidades de Santos e Guarujá, na noite da última quarta-feira, 23. A pasta informou que todas as pessoas foram mortas por policiais ao “reagirem às abordagens”. A operação foi lançada em 28 de julho, após a morte do soldado Patrick Bastos Reis, das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), no Guarujá. Apesar de três suspeitos terem sido presos por participação no assassinato, a ação policial foi mantida na região.
No último dia 11, em entrevista ao programa Pânico, o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, rebateu as críticas à Operação Escudo. “A gente está muito feliz com as nossas polícias, é um orgulho enorme estar a frente das melhores polícias do Brasil. Infelizmente, temos um registro que o PCC nasceu aqui e se tornou uma organização transnacional. As pessoas e os governos anteriores negligenciaram o [combate ao] crime organizado, chegando ao ponto de acontecer o que está acontecendo. O crime organizado achou que em São Paulo iria dominar um território, isso não aconteceu e não acontecerá se estivermos aqui. Estamos mantendo a Operação Escudo, que está apresentando resultados”, disse. “As maiores vítimas do crime organizado são justamente as pessoas que moram nessas áreas vulneráveis, eles que sofrem mais com isso, nenhuma mãe quer ver o filho dela entrando no tráfico de drogas ou sofrendo influência desses criminosos, por isso a polícia tem que estar presente. Nós vamos continuar”, acrescentou.
Derrite ressaltou que, segundo a SSP, não foram registrados excessos por policiais durante as operações no litoral e destacou o apoio da população. "Detalhes: entre todos os laudos do IML, nenhum aponta hematomas, muito menos indício de tortura, de queimadura de cigarro. Você não tem no registro oficial, que é o que vale. Nenhuma denúncia formal dizendo que viu ou testemunhou. Ou seja, não passam de narrativas", afirmou. "O que a gente tem do nosso lado é a população, nessa ida minha para Brasília, no Aeroporto de Congonhas as pessoas vinham falar parabéns, de fato o governador merece os parabéns. O principal motivo do governador ter me escolhido foi justamente porque ele sabia que o combate ao crime organizado não ia ser de fachada, seria algo concreto", concluiu.