O juiz da 2ª Vara Criminal de Cuiabá, Geraldo Fidelis, decidiu pela transferência do ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, 49 anos, réu pela morte da advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, 48, para a cadeia pública de Chapada dos Guimarães (65 km de Cuiabá).
O juiz da 2ª Vara Criminal de Cuiabá, Geraldo Fidelis, decidiu pela transferência do ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, 49 anos, réu pela morte da advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, 48, para a cadeia pública de Chapada dos Guimarães (65 km de Cuiabá). A decisão é desta segunda-feira (28.09).
O ex-policial militar foi transferido para a Penitenciária Central do Estado (PCE) em Cuiabá após notificação recomendatória do Ministério Público ao Governo do Estado, para que fosse revogada a portaria que garantia prisão especial a ex-militares.
Na decisão, o juiz considerou que colocar um ex-policial militar no Raio 8 da PCE, local onde esta segregada, nada mais nada menos, a cúpula de uma certa facção do crime que opera neste Estado, 'com certeza absoluta, gerara um levante daquela ala, que pode incendiar toda a unidade, que e a maior do Estado, hoje, com quase 3.000 (tre?s mil) pessoas privadas de liberdade'.
Entenda o caso
Almir Monteiro dos Reis, foi preso em flagrante, horas após o corpo da advogada ser encontrado dentro do veículo dela, no estacionamento do Parque das Águas, em Cuiabá, no dia 13 de agosto. Ele foi indiciado pela Polícia Civil pelos crimes de estupro, fraude processual e homicídio (qualificado em feminicídio, impossibilidade de defesa da vítima, motivo fútil e meio cruel para assegurar a impunidade de outro crime).
Segundo a Polícia Civil, ficou comprovado que ele matou Cristiane para ocultar o estupro cometido contra a vítima. O corpo da advogada apresentava diversas lesões e hematomas decorrentes de espancamento, entre elas na cabeça e pulsos, e a perícia concluiu que ela foi morta por asfixia mecânica causada por tamponamento e pressão.
As investigações iniciaram por volta das 15 horas do dia 13 de agosto, domingo do Dia dos Pais, após equipe da DHPP ser acionada para liberar o corpo de Cristiane em um hospital para onde foi levado pelo irmão, já sem vida.
A DHPP apurou que a advogada passou o sábado em um churrasco com a família e amigos e por volta das 22 horas foi a um bar, nas proximidades da Arena Pantanal, onde conheceu um homem e deixou com ele o local, por volta das 23h30.
Após o fato, familiares não conseguiram mais contato com a vítima, que também não dormiu em casa. Preocupados com o paradeiro, o irmão de Cristiane acessou um aplicativo que indicou que o celular dela estaria no Parque das Águas, no Centro Político Administrativo. No local, o corpo da vítima foi encontrado dentro do seu veículo Jeep, no banco do passageiro, já sem vida.
Com base nas informações, a equipe policial chegou ao último local em que a vítima esteve, uma residência no bairro Santa Amália. Imagens de câmeras de segurança mostraram o veículo da vítima saindo do endereço, na parte da manhã, com o autor do crime na direção.
Na residência, os policiais abordaram o ex-policial, que confessou ter dormido com a vítima, porém, se contradisse nas informações sobre os fatos posteriores e o envolvimento no crime. Na casa, foram coletados diversos indícios que, na perícia, apontaram para a execução do crime, como manchas e resíduos de sangue.