As investigações apontam que as vítimas, no Brasil e no exterior, foram induzidas a investir dinheiro com a promessa de receberem, de volta, no futuro, valores milionários.
A polícia apurou, por exemplo, que os criminosos prometiam o retorno de “um octilhão de reais” se a pessoa fizesse apenas um depósito de apenas R$ 25.
Outras vítimas foram levadas a crer que ganhariam “350 bilhões de centilhões de euros” se concluíssem um aporte de R$ 2 mil.
Osório José Lopes Júnior é deficiente visual e afirmava, de acordo com as investigações, que os títulos oferecidos já contariam com autorização do governo federal, por meio do ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, para serem pagos.
Paulo Guedes não tem nenhum envolvimento com os crimes investigado.
Os integrantes da quadrilha convenciam as vítimas a investir por meio de conversas enganosas nas redes sociais (Youtube, Telegram, Instagram, Whatsapp, etc.) “abusando da fé alheia, da crença religiosa e invocando de uma teoria conspiratória apelidada de ‘Nesara Gesara'” (uma suposta alteração na economia global em que seria possível ganhar muito, investindo pouco).
De acordo com a polícia, a maioria das vítimas era evangélica e era levada a investir economias em falsas operações financeiras ou falsos projetos de ações humanitárias.
Em troca, receberiam “retorno financeiro imediato”, com “rentabilidade estratosférica”.
*A "Nesara Gesara" é uma teoria da conspiração que afirma que um novo sistema econômico e social será implementado em todo o mundo, que irá trazer prosperidade e paz para a humanidade.
GAZETA BRASIL