Em um gesto simbólico de reconciliação, o ministro Luís Roberto Barroso abraçou o ministro Gilmar Mendes durante a cerimônia de posse do novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (28).
A atitude dos dois magistrados foi uma demonstração de que eles superaram as divergências que os levaram a um bate-boca acalorado em 2018, quando Barroso chamou Mendes de “pessoa horrível”.
O gesto de Barroso foi interpretado como um sinal de que ele está disposto a trabalhar em harmonia com Mendes, que é o decano da Corte, ou seja, o ministro com mais tempo de mandato.
Em seu discurso de posse, Barroso destacou a importância da união dos Três Poderes para a democracia. Ele também defendeu a independência do Judiciário e a preservação do Estado Democrático de Direito.
“Nosso país vive um momento de instabilidade política e institucional”, disse Barroso. “É preciso que os Três Poderes trabalhem juntos para superar os desafios que enfrentamos.”
Mendes, por sua vez, elogiou a trajetória de Barroso e disse que ele é um ministro “de grande competência e experiência”. Ele também afirmou que a posse de Barroso é um “sinal de que o Supremo Tribunal Federal está forte e unido”.
Histórico de divergências
Em 2018, os dois ministros protagonizaram um bate-boca acalorado durante uma sessão plenária do STF. Barroso criticou um voto de Mendes e o chamou de “pessoa horrível”.
“Me deixa de fora do seu mau sentimento. Você é uma pessoa horrível. Uma mistura do mal com atraso e pitadas de psicopatia. É muito penoso para todos nós ter que conviver com vossa excelência”, disse Barroso a Gilmar Mendes em 2018. O episódio causou grande repercussão na imprensa e na sociedade.
GAZETA BRASIL