O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, informou nesta terça-feira (3) que a estatal está considerando a possibilidade de um aumento nos preços dos combustíveis ainda em 2023.
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, informou nesta terça-feira (3) que a estatal está considerando a possibilidade de um aumento nos preços dos combustíveis ainda em 2023. Ele destacou que o mercado de petróleo enfrenta desafios devido à paralisação de refinarias na Rússia e à falta de disponibilidade do diesel russo. Prates também mencionou que, após o inverno no hemisfério norte, os preços podem voltar a diminuir.
“Estamos agora alisando a possibilidade ou não de outro reajuste até o final do ano”, afirmou Prates após a cerimônia de comemoração dos 70 anos da companhia.
Ele explicou que, desde que a Petrobras mudou sua política de preços, tendo sido abandonada a paridade com a importação (PPI), ocorreram inúmeras oscilações do Brent e também do diesel.
“O crack [spread] do diesel disparou, refinarias da Rússia pararam de funcionar, tivemos enxugamento do diesel russo, que estava chegando e fazia um certo colchão de amortecimento [de preço] também. Estamos no mercado com uma espécie de tempestade perfeita, que a gente tem que administrar”, explicou.
Prates disse que a Petrobras avalia a necessidade de aumento, qual seria o porcentual e o melhor momento. “Tempo e porcentual estão sendo decididos. Se for necessário faremos, e vamos ver quando podemos de novo, após o inverno do hemisfério norte, voltar ao patamar anterior”, disse.
A Petrobras aumentou em 5,3% o querosene de aviação (QAV) nesta terça-feira. Questionado por que seria necessário elevar o QAV e não os outros combustíveis, como a gasolina e o diesel, Prates explicou que o QAV é administrado por contratos, com reajuste mensal.
O último reajuste da gasolina e do diesel pela Petrobras foi feito em 16 de agosto, que consistiu em alta de 25,8% para o diesel e de 16,2% para a gasolina.