Os advogados da família de Rafael Garcia, torcedor do São Paulo FC, que foi morto em setembro após ser atingido por um tiro de “bean bag” disparado pela Polícia Militar, protocolaram um processo de indenização por danos morais na Justiça de São Paulo.
Os advogados da família de Rafael Garcia, torcedor do São Paulo FC, que foi morto em setembro após ser atingido por um tiro de “bean bag” disparado pela Polícia Militar, protocolaram um processo de indenização por danos morais na Justiça de São Paulo. O réu desta ação é o governo estadual, e o valor solicitado como compensação é de R$ 1 milhão para a mãe e o filho da vítima. Ainda não há uma decisão judicial sobre esse caso.
A munição que atingiu a cabeça de Rafael é adotada pela PM desde 2021. A própria corporação admitiu ter usado “bean bags” no confronto contra torcedores do São Paulo, em 24 de setembro, do lado de fora do Estádio do Morumbi, na zona sul da capital paulista.
“Tem grandes indícios pela investigação policial e por tudo que foi fornecido de que provavelmente a morte de Rafael foi em decorrência de uma falha da PM”, disse o advogado Lucas Correia Martins, que defende os parentes da vítima ao g1.. “Por esse motivo o governo estadual tem de ser responsabilizado.”
Na ocasião, os são-paulinos comemoravam o título da Copa do Brasil sobre o Flamengo. A PM alegou que parte da torcida cometia atos de violência e por isso interveio com munições de “menor potencial ofensivo”. Policiais militares também dispararam balas de borracha e bombas de efeito moral.
A Polícia Civil investiga a morte de Rafael como homicídio durante tumulto. O Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) quer ouvir depoimentos de torcedores e policiais militares que participaram do confronto para saber quem disparou contra a nuca de Rafael.
A principal suspeita da investigação é a de que um agente da PM atirou contra o são-paulino. Somente a corporação usa “bean bags” oficialmente. A munição é disparada por uma espingarda calibre 12 da Polícia Militar.