O ex-presidente Jair Bolsonaro compareceu à sede da Polícia Federal (PF) em Brasília nesta quarta-feira (18), mas não prestou depoimento no inquérito sobre um grupo de empresários que supostamente defendiam golpe de Estado e ruptura democrática em um grupo de mensagens.
Segundo Bolsonaro, seus advogados decidiram apresentar razões de defesa à PF, por escrito, para argumentar que não há necessidade de tomada de depoimento dele no caso.
No celular de um desses empresários, a PF encontrou uma mensagem enviada em junho de 2022 pelo contato “PR Bolsonaro 8”. A investigação não crava que o contato seja do então presidente.
A defesa de Bolsonaro vai apresentar explicação escrita dizendo que o Supremo Tribunal Federal (STF) não tem atribuição para tratar do caso. O ex-presidente entregou um documento escrito para o delegado da PF e não fez nenhuma declaração.
A existência desse grupo e o teor das mensagens trocadas entre os empresários foi revelada pela coluna Guilherme Amado, do Metrópoles, em agosto do ano passado, semanas antes do primeiro turno das eleições.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, chegou a determinar busca e apreensão nas casas dos empresários. Em agosto deste ano, o STF arquivou as investigações contra seis empresários desse grupo, mas manteve a apuração sobre os empresários Meyer Nigri, da empresa Tecnisa, e Luciano Hang, da Havan.
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