Nove das 21 metralhadoras roubadas do Arsenal de Guerra de São Paulo foram encontradas em São Roque, no interior do Estado.
Nove das 21 metralhadoras roubadas do Arsenal de Guerra de São Paulo foram encontradas em São Roque, no interior do Estado. Durante a operação para recuperar as armas, houve confronto entre a polícia e os criminosos. O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, divulgou as informações durante a madrugada deste sábado, 21. Cinco armas são da marca Browning, calibre .50, e quatro são da marca Mag, calibre 7.62. Até o momento, já foram recuperadas 17 metralhadoras. As de calibre .50 têm capacidade para derrubar aeronaves, enquanto as de calibre 7.62, de origem belga, possuem alcance de 2.500 metros e podem disparar de 600 a 1.000 tiros por minuto, inclusive contra veículos blindados. A Polícia Civil identificou suspeitos ligados a uma organização criminosa envolvida no transporte de armas de fogo de grosso calibre, possivelmente para outro Estado. Ao localizarem o local da transação, uma estrada de terra próxima à saída 57 da Rodovia Castelo Branco, em São Roque, os policiais foram recebidos a tiros e revidaram. Os suspeitos conseguiram fugir, e ninguém ficou ferido. A viatura policial foi atingida pelos disparos.
As metralhadoras estavam escondidas dentro de um lamaçal formado no local. Ainda não se sabe ao certo quantos criminosos estavam envolvidos no roubo. Pelo menos dois deles efetuaram os disparos contra os agentes. A ação contou com o apoio do 5º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) e do Centro de Operações Especiais (COE). Apesar de uma busca na mata, os criminosos não foram localizados. Através da numeração das armas, foi possível confirmar que se tratam das metralhadoras furtadas do Arsenal de Guerra do Exército, na cidade de Barueri, na Grande São Paulo. As armas foram apreendidas pela delegacia de Carapicuíba e serão encaminhadas para perícia técnica.
Na quinta-feira, a Polícia Civil do Rio de Janeiro já havia recuperado oito metralhadoras retiradas do quartel de Barueri. As armas estavam dentro do porta-malas de um carro na Gardênia Azul, favela na zona oeste da cidade. A operação contou com o apoio do Exército, que está colaborando com outras forças de segurança para encontrar as demais armas que ainda estão desaparecidas. Os armamentos furtadas eram consideradas “inservíveis”, pois estavam na unidade técnica de manutenção responsável por iniciar o processo de desfazimento e destruição. Para a administração do Exército, a recuperação das metralhadoras não é economicamente viável. No entanto, para o crime organizado, que possivelmente seria um dos destinos desses equipamentos, a conta poderia ser mais vantajosa. A data exata do roubo ainda não foi determinada. O alto comando militar acredita que tenha ocorrido entre 6 de setembro, data da última conferência do armamento na sala onde as armas estavam guardadas, e 10 de outubro, quando o desaparecimento foi descoberto.