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Primeira-dama questiona ação da PF e governador também se manifesta

O governador Mauro Mendes (UB) e a primeira-dama Virginia Mendes usaram as redes sociais para se manifestar sobre a Operação Hermes II, deflagrada nesta quarta-feira (08.


O governador Mauro Mendes (UB) e a primeira-dama Virginia Mendes usaram as redes sociais para se manifestar sobre a Operação Hermes II, deflagrada nesta quarta-feira (08.11), e que tem como um dos alvos o filho mais velho do casal, Luís Antônio Taveira Mendes. Nas publicações, eles classificam a investigação da Polícia Federal como uma ‘grande armação’ que teria partido de adversários políticos e também questionam a atuação do delegado da PF Dalton Marinho, responsável pelo inquérito policial.

“Há muito tempo os meus adversários politicos – alguns deles com uma ficha extensa de acusação de prática de crimes – aliados a uma pequena parte da imprensa que teve interesses contrariados, tentam atingir a mim de forma pessoal ou empresarial, bem como atingir minha esposa, meu filho e a minha família. Sempre com mentiras e armaçōes, como sempre fizeram, pois nunca conseguiram me atacar na condição de prefeito ou governador”, publicou Mauro Mendes.

A primeira-dama foi a primeira a se manifestar nas redes sociais. “Há algum tempo, eles tentam outra estratégia: atingir a mim, meu filho e a minha família, sempre com mentiras e armações, como sempre fizeram. Em agosto deste ano, o delegado da operação Hermes assinou um documento dizendo que Luis Antonio não era investigado no âmbito da operação”.

O questionamento do casal quanto à atuação da PF ocorre porque no dia 11 de julho, após a publicação da matéria do Jornal A Gazeta, que apontava Luís Mendes como investigado, o escritório de advocacia que patrocina a defesa da família enviou e-mail perguntando sobre as investigações. A resposta assinada pelo delegado da Polícia Federal, Dalton Marinho, é de que ‘em primeiro momento não’, mas os desdobramentos seriam imprevisíveis.

“Passados 3 meses, sem fato novo, estranhamente e sem as devidas justificativas jurídicas e legais, o mesmo delegado pede prisão de 15 pessoas e inclui no meio o nome do meu filho. O pedido foi negado pela Justiça Federal, por falta de fundamento para tal medida”, alegou os casal, nas publicações.

Sobre as denúncias apresentadas pela Polícia Federal e acatadas pela Justiça, que resultaram na imposição de medidas cautelares como pagamento de multa, bloqueio de bens em mais de R$ 2,9 bilhões e apreensão dos passaportes, contra os 16 alvos da Operação Hermes II, o casal explica que o filho não é diretamente sócio das empresas investigadas e não é administrador. “Ele é apenas um dos sócios de uma pessoa jurídica, que é acionista minoritário com 25% das mineradoras. Ele não tem nenhuma responsabilidade sobre a gestão e atos das empresas. Há mais de dois anos que ele não vai às sedes ou plantas operacionais e isto está formalmente documentado no acordo de acionista.

“As empresas investigadas, por supostamente comprar mercúrio de forma irregular, possuem administradores, que respondem legalmente pela gestão e seus atos. Estranhamente o delegado pede a prisão do meu filho – sem fundamentação e de forma arbitrária – que é apenas um entre vários outros sócios indiretos. Porque não pediu de todos os administradores e sócios? Porque escolheu o FILHO DO GOVERNADOR????”, questionaram.

Quem também se manifestou nas redes sociais foi o deputado federal licenciado e atual secretário da Casa Civil, Fábio Garcia. “Sei da idoneidade do Luis Antonio, do quanto trabalha com seriedade. Quero publicamente dizer que desejo toda força para você, Luis, e toda a sua família. Deus e a verdade estão ao nosso lado e essas pessoas maldosas irão responder pelos atos”.

Operação Hermes II

A Policia Federal e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaveis (Ibama) deflagraram, na quarta-feira (08.11), a Operação Hermes (Hg) II, com o objetivo de apurar o comercio e uso ilegal de mercurio, organização e associação criminosa, receptação, contrabando, falsidade documental e lavagem de dinheiro, em quatro estados da Federação (AM, MT, SP e RJ).

Os crimes estão relacionados ao contrabando e acobertamento de mercurio, que tem por destino final o abastecimento de garimpos em areas que compõem a Amazônia (Amazonas, Mato Grosso, Rondônia, Roraima e Para).

A juíza da Primeira Vara Federal de Campinas, Raquel Coelho Dal Rio Silveira, estabeleceu medidas cautelares contra os 16 alvos da Operação Hermes II. Na mesma decisão, a magistrada determinou o bloqueio de R$ 2,9 bilhões de bens dos investigados.

Em Mato Grosso foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas cidades de Cuiabá, Poconé, Peixoto de Azevedo, Cáceres, Alta Floresta, Pontes e Lacerda, Nossa Senhora do Livramento e Nova Lacerda.

"Os elementos colhidos durante a primeira parte da investigação e compilados de modo minucioso na representação policial e pelo acima descrito, reforçam o enriquecimento ilícito de todos os envolvidos, ao menos com lucros obtidos em razão da comercialização ilegal de mercúrio e sua utilização no garimpo, gerando, por consequência, a ilícita produção de ouro. Nota-se que, para além dos investigados já identificados na primeira fase da operação, novos indivíduos e empresas foram relacionados, pela autoridade policial, demonstrando seus envolvimentos e conhecimentos da atividade ilegal", ponderou a juíza na decisão.

PBN Online

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