Em seu 1º discurso na abertura da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), em Dubai, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou os acordos climáticos não cumpridos, as metas de redução de emissões de carbono negligenciadas, os discursos eloquentes e vazios e o auxílio financeiro aos países pobres que não chega.
Lula disse que o planeta está farto de promessas que não são cumpridas. Ele lembrou que os acordos climáticos anteriores, como o Protocolo de Kyoto e os Acordos de Paris, não foram implementados.
O presidente também criticou o gasto militar excessivo, que ele disse poderia ser investido no combate à fome e no enfrentamento da mudança climática. Ele lembrou que o mundo gastou mais de US$ 2 trilhões em armas no ano passado.
Lula também destacou os efeitos devastadores das mudanças climáticas, que estão afetando a humanidade de forma cada vez mais extrema. Ele lembrou a seca no Norte do Brasil e as enchentes no Sul.
O presidente disse que a conta das mudanças climáticas está chegando primeiro para as populações mais pobres. Ele lembrou que o 1% mais rico do planeta emite o mesmo volume de carbono que 66% de toda a população mundial.
Lula afirmou que não é possível enfrentar as mudanças do clima sem combater as desigualdades. Ele disse que quem passa fome tem sua existência aprisionada na dor do presente e torna-se incapaz de pensar no amanhã.
O presidente também criticou o não cumprimento dos compromissos assumidos pelos países, que ele disse corrói a credibilidade do regime climático.
Lula concluiu seu discurso afirmando que os governantes não podem se eximir de suas responsabilidades. Ele disse que nenhum país resolverá seus problemas sozinho e que todos estão obrigados a atuar juntos. O Brasil, disse Lula, está disposto a liderar pelo exemplo.
GAZETA BRASIL