Polícia CASO ZAMPIERI

Empresária mandou matar advogado após perder fazenda em MT

Informações dão conta que a mulher teria tomado a decisão de mandar matar o jurista após perder uma disputa judicial por uma fazenda na cidade de Ribeirão Cascalheira.

Por Comando da Notícia

20/12/2023 às 19:50:46 - Atualizado há

A empresária e farmacêutica Maria Angélica Caixeta Gontijo foi identificada há pouco como a principal suspeita de mandar executar o advogado Roberto Zampieri, de 57 anos, morto no dia 5 deste mês, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. Ela foi presa no início da tarde de hoje pela Polícia Civil de Mato Grosso na cidade de Patos de Minas, em Gerais.

Informações dão conta que Maria Angélica teria tomado a decisão de mandar matar o jurista após perder uma disputa judicial por uma fazenda de cerca de 20 mil hectares na cidade de Ribeirão Cascalheira, região do Vale do Araguaia. Dados do site Jusbrasil mostram que ela representava os pais na disputa agrária que tinha justamente Zampieri como advogado parte contrária.

Nesta quarta-feira pela manhã, foi preso Antônio Gomes da Silva, suspeito de ter executado o crime. Ele foi detido na cidade de Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte.

A Polícia Civil ainda caça uma terceira pessoa envolvida no crime. O suspeito, que seria advogado, teria dado apoio logístico para o crime e, inclusive, teria ido a um hotel em Cuiabá se encontrar com o pistoleiro às vésperas do assassinato.

PISTOLA E DISFARCE

No momento da prisão, Maia Angélica estava com uma pistola 9 milímetros, do mesmo calibre que foi utilizado no homicídio de Roberto Zampieri, executado dentro de seu veículo, uma picape Fiat Toro, na frente do escritório na região nobre da Capital. Conforme divulgado pelo FOLHAMAX, uma câmera de monitoramento do escritório de Zampieri flagrou o suposto autor do crime um dia antes no local.

A reportagem apurou que, para entrar no local e conversar com Zampieri e seu sócio, José Sebastião de Campos Sobrinho, Antônio simulou que tinha interesse em adquirir terras e perguntou se os advogados faziam transações desta natureza. O teor da conversa vai ao encontro com a possível motivação do homicídio, uma vez que a investigação apurou que Zampieri foi morto devido à uma disputa por terras no Vale do Araguaia.

Nas imagens, o possível autor do crime aparece de boina, óculos, fazendo o uso de uma bengala e com uma mochila nas costas. A teoria é de que ele usou os acessórios como disfarce, considerando que após efetuar os disparos contra o jurista, o assassino sai correndo e não demonstra dificuldades de locomoção. Roberto Zampieri era um dos advogados mais antigos do Estado e atuava em vários processos milionários e polêmicos. As investigações da DHPP continuam, mas de acordo com a Polícia Civil, outros detalhes não serão informados.



Fonte: FOLHA MAX
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