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Irã aumenta tensão no Mar Vermelho com entrada de navio de guerra

O navio de guerra iraniano Alborz entrou no Mar Vermelho na segunda-feira, 1º de janeiro de 2024, através do estratégico Estreito de Bab al Mandeb, em um momento de fortes tensões nesta importante via marítima.


Foto: Reprodução internet

O navio de guerra iraniano Alborz entrou no Mar Vermelho na segunda-feira, 1º de janeiro de 2024, através do estratégico Estreito de Bab al Mandeb, em um momento de fortes tensões nesta importante via marítima.

“O destróier Alborz entrou no Mar Vermelho (Â…) passando por Bab al Mandeb”, disse a agência de notícias Tasnim, sem especificar os motivos do deslocamento.

A agência acrescentou que a frota naval iraniana opera na área “para garantir rotas marítimas, repelir piratas e outros fins, desde 2009”.

No início de dezembro, os Estados Unidos criaram uma força-tarefa naval multinacional para o Mar Vermelho após uma série de ataques com mísseis e drones por parte dos rebeldes Houthis do Iêmen, aliados do regime iraniano, contra navios mercantes que forçaram as companhias marítimas a suspender a navegação na área.

Os Houthis afirmam que os ataques foram em solidariedade com os palestinos na Faixa de Gaza, onde Israel combate o grupo terrorista Hamas, após os ataques de 7 de outubro em solo israelita.

Há dois meses, os rebeldes começaram a lançar barragens de mísseis e drones contra o sul de Israel e também contra navios que arvoram a bandeira do Estado Judeu ou são propriedade de empresas israelitas no Mar Vermelho e no Estreito de Bab al Mandeb.

Segundo a Câmara Internacional de Navegação, 12% do comércio mundial passa pelo Mar Vermelho.

Na segunda-feira, o secretário da Defesa britânico, Grant Shapps, disse que seu país estava “pronto para tomar medidas diretas” contra os Houthis “para dissuadir ameaças à liberdade de navegação no Mar Vermelho”.

Os Estados Unidos acusaram o Irã de estar “profundamente envolvido” nos ataques Houthi. A República Islâmica, no entanto, nega as acusações e afirma que os rebeldes Houthi agiram por conta própria.

Em comunicado, o porta-voz militar dos rebeldes do Iêmen, Yahya Sarea, anunciou que pelo menos dez membros de suas fileiras morreram neste domingo, 31 de dezembro, na troca de tiros com as forças de Washington e também assumiu a responsabilidade pela ação contra o Maersk Hanzghou, com bandeira de Singapura, que foi atacado perto do porto de Al Hodeida, um dos portos mais importantes do Iêmen.

O Maersk Hanzghou alertou para dois ataques no Mar Vermelho em menos de 24 horas, que contaram com a participação da coligação naval liderada pelos Estados Unidos e da qual o Reino Unido também faz parte.

A primeira ocorreu na noite de sábado, quando o Comando Central Naval dos Estados Unidos (CENTCOM) informou que havia abatido dois mísseis antinavio que tinham como alvo o navio porta-contêineres e foram lançados de território controlado pelos insurgentes.

Mas o gatilho foi nas primeiras horas desta segunda-feira, quando quatro pequenos barcos se aproximaram do navio mercante para abordá-lo.

O CENTCOM explicou nesta segunda-feira em um longo comunicado que “às 6h30, horário local (3h30 GMT), o navio porta-contêineres Maersk Hangzhou emitiu um segundo pedido de socorro em menos de 24 horas, informando que estava sob ataque de quatro pequenos navios Houthi apoiados pelo Irã”.

As Forças Navais dos Estados Unidos indicaram que após esta troca de tiros, “os helicópteros americanos responderam ao pedido de socorro e no processo de emissão de chamadas verbais aos pequenos barcos, dispararam contra os helicópteros americanos com armas de tripulação e armas ligeiras”.

Os helicópteros americanos “responderam ao fogo em legítima defesa, afundando três dos quatro pequenos barcos e matando suas tripulações. O quarto barco fugiu da área. “Nenhum dano pessoal ou material foi causado”, concluiu o CENTCOM no comunicado.

Depois de ter suspenso o trânsito por aquela zona, a companhia marítima dinamarquesa Maersk decidiu há poucos dias retomar sua passagem pelo Mar Vermelho quando os Estados Unidos anunciaram a criação da nova coligação naval para defender a segurança marítima internacional.

(Com informações da AFP e EFE)

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