Polícia ATAQUE DE CIÚMES

MPE denuncia policial por atirar em bar após "paquera" abraçar cantor em MT

Servidor corre risco de perder cargo e ser condenado até 32 anos de prisão

Por BRENDA CLOSS | FOLHA MAX

26/01/2024 às 09:02:26 - Atualizado há

O investigador da Polícia Civil, Bruno Caetano Moro, foi denunciado pelo Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT) por tentativa de homicídio duplamente qualificada e pode ir a júri popular. O policial civil responde em liberdade por ter agredido um cantor e atirado em um segurança do bar "Cerveja de Garrafa", em Sinop (478 km de Cuiabá) em 2022.

O órgão ministerial apontou como qualificadoras do crime motivo fútil, meio que dificultou as defesas das vítimas, além de resistência e desobediência aos policiais militares. "Diante do exposto, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso denuncia Bruno Caetano Moro como incurso nas disposições do artigo 121, § 2º, incisos II [motivo fútil] , III [perigo comum] e IV [recurso que dificultou a defesa da vítima], na forma do artigo 14, inciso II, [FATO 1]; artigo do artigo 330, caput [FATO 2]; e artigo 329, caput [FATO 3], na forma do artigo 69, todos do Código Penal", detlahou o promotor de Justica, Hebert Dias Ferreira.

Atualmente, o investigador responde em liberdade com medidas cautelares impostas pela Justiça. O advogado criminalista Marcos Vinicius Borges, que representa o cantor Renan Zimmer dos Santos, uma das vítimas de Bruno Caetano, comemorou a denúncia e informou ao FOLHAMAX que o agressor pode ser condenado a uma pena que supera 32 anos de reclusão.

Além disto, o investigador corre risco de demissão do cargo. "Devemos parabenizar a atuação do promotor que teve coragem, distinção e moralidade de agir na integridade da Lei, ao contrário de outros que fecham os olhos para abusos cometidos por servidores públicos da Polícia Civil. Não podemos esquecer que esse mesmo policial já possui outros procedimentos criminais envolvendo violência doméstica, ameaças e disparo de arma de fogo, procedimento diversos que, inclusive, pode posteriormente ser denunciado por nova tentativa de homicídio", declarou à reportagem.


O CASO

Na noite de 28 de outubro de 2022 o investigador foi detido após causar uma confusão no estabelecimento. Conforme informações do boletim de ocorrência, ele chegou ao bar com as duas mulheres e se identificou como policial civil.

Ele estava armado com uma pistola Glock 19 Gen 5 (9mm), carregador e 13 munições, e assinou um livro de controle do estabelecimento por conta de portar a arma. Imagens do circuito interno de segurança mostram que em dado momento o policial civil não gostou de que uma das mulheres subiu no palco, abraçou o cantor identificado como Renan Zimmer dos Santos e começou a dançar.

Bruno sobe em seguida e agride o artista com um soco no rosto. Imediatamente ele saca a arma e ameaça os integrantes da banda que se apresentavam.

A mulher que havia subido ao palco cai e outra mulher que o acompanhava, tenta abaixar a mão que estava com a arma. Bruno é derrubado pela mulher e quando o segurança se aproxima para tentar contê-lo, ele atira na direção do funcionário, que conseguiu se afastar pouco antes do disparo.

As imagens mostram que Bruno Caetano Moro volta a se levantar e novamente aponta a arma para a banda. Frequentadores do bar registraram o momento em que o homem é detido pela Polícia Militar.

Ele resistiu a prisão e precisou ser algemado, antes de ser encaminhado à delegacia sendo liberado após passar por audiência de custódia. Em fevereiro de 2023 Bruno Caetano foi denunciado pela esposa após agredi-la com um soco na boca, pontapés, chutes e ainda fazer ameaças contra ela.

O ataque foi praticado após ele ter sido flagrado pela vítima falando ao telefone com outra mulher, durante uma confraternização de policiais militares. Como ele não largava o aparelho, ela pegou rapidamente e correu, percebendo que ele conversava com outra mulher.

Segundo narrado pela vítima, o marido a perseguiu e quando a alcançou desferiu um soco em sua boca. Na sequência, ele a derrubou no chão, lhe deu um chute nas nádegas e tomou o celular.

Ainda no documento, a mulher relata que o marido lhe ameaçava psicologicamente dizendo que ira se matar e que após as agressões, disse que irá colocar fim ao relacionamento. Ela solicitou medidas protetivas de urgência para mantê-lo afastado.

Fonte: FOLHA MAX
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