O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (18) a exoneração de Alexandre Telles do cargo de diretor do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH). A medida ocorre em meio a graves denúncias de precariedade e má gestão na rede hospitalar federal do Rio de Janeiro, expostas no programa Fantástico da TV Globo no último domingo (17).
A decisão de exonerar Telles foi tomada pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, após uma reunião em Brasília. A medida será publicada no “Diário Oficial da União” nos próximos dias.
A exoneração de Telles chama atenção, pois ele havia sido nomeado para o cargo em janeiro deste ano e, a partir de 8 de abril, assumiria funções ainda mais abrangentes, concentrando as compras e contratações das 6 unidades hospitalares da rede federal no Rio de Janeiro. Essa centralização visava combater o abandono e o desperdício que assolam os hospitais.
A saída de Telles gera incertezas sobre o futuro da gestão dos hospitais federais no Rio. Médicos e pacientes temem que, sem a centralização das compras e licitações, os hospitais fiquem à mercê de apadrinhamentos políticos e ineficiência, como era comum no passado.
As investigações sobre a responsabilidade pelo vencimento de materiais cirúrgicos e a situação da rede elétrica estão em andamento. A exoneração de Telles levanta questões sobre o futuro do Departamento de Gestão Hospitalar e a continuidade da proposta de centralização das compras e licitações das unidades hospitalares federais no Rio.
O Ministério da Saúde, em nota divulgada após a demissão de Telles, destacou a necessidade de transformação na gestão do DGH e reiterou o compromisso em reconstruir e fortalecer os hospitais federais, visando garantir acesso à saúde pública de qualidade para toda a população do Rio de Janeiro.
GAZETA BRASIL