Nesta quarta-feira (20), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deliberou pela redução da taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, passando de 11,25% ao ano para 10,75%.
Nesta quarta-feira (20), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deliberou pela redução da taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, passando de 11,25% ao ano para 10,75%. Esta é a sexta diminuição consecutiva, seguindo a tendência de quedas iniciada em agosto de 2023. Com esta decisão, a Selic alcança o mesmo nível registrado em fevereiro de 2022.
O Copom é composto pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.
“Considerando a evolução do processo de desinflação, os cenários avaliados, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu reduzir a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 10,75% a.a., e entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024 e, em grau maior, o de 2025. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, afirma o comunicado do órgão.
O Copom considerou que a taxa Selic é o principal instrumento da política monetária para determinar a inflação em uma economia. Juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas opções de investimento pelas famílias.
O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), medidor oficial da inflação, fechou 2023 em 4,62%. Em fevereiro deste ano, o indicador voltou a acelerar, atingindo 0,83%, uma alta de 0,41 ponto percentual em relação a janeiro.
Diante da sequência de reduções dos juros, o Copom observou um progresso desinflacionário relevante, mas salientou a cautela no processo de retorno da inflação para o centro da meta de 3%. A ata destaca a necessidade de manter uma política monetária ainda contracionista para atingir o objetivo.
O Banco Central havia elevado a Selic por 12 vezes consecutivas, entre março de 2021 e agosto de 2022, em resposta à alta dos preços de alimentos, energia e combustíveis. A taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas de agosto de 2022 a agosto de 2023. (Confira aqui a íntegra da ata do Copom)