"Por mim, colocava tudo junto". A afirmação é do governador Mauro Mendes (União) sobre o fato de detentos da facção criminosa intitulada Primeiro Comando da Capital (PCC) precisarem ser transferidos depois da decisão judicial que interditou parcialmente o Centro de Ressocialização de Várzea Grande – o Capão Grande.
Mendes explicou à reportagem que não se aprofundou no assunto, mas garantiu que não se importa em colocar na mesma unidade os criminosos de grupos criminosos distintos. "Tenho que ouvir a turma lá para entender isso daí. Não posso falar um trem que eu não sei direito. Por mim, eu colocava tudo junto. Se eles (a Justiça) autorizar, eu colocava Comando Vermelho e PCC tudo junto", afirmou Mendes. A interdição da unidade foi determinada depois que uma correição, realizada em 2023, apontou relatos de tortura, superlotação, calor excessivo, e precariedade das celas, bem como a infestação de escorpiões e ambientes danificados pela ação do mofo e sujeira na unidade. A decisão é do juiz Geraldo Fidelis, da 2ª Vara Criminal de Cuiabá. A guerra
A guerra entre facções criminosas é apontada pela Polícia Civil como uma das principais causas de homicídios em Mato Grosso nos últimos anos. No mês passado, o secretário de Segurança Pública (Sesp), coronel César Roveri, disse que irá transferir 128 detentos do PCC para um novo raio construído em frente à PCE.