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Oferta de salário mínimo é repudiada pela família de vítima do motorista do Porsche

A família de Ornaldo da Silva Viana, motorista de aplicativo de 52 anos morto em um trágico acidente com uma Porsche na Avenida Salim Farah Maluf, zona leste de São Paulo, recusou a ajuda financeira “irrisória” oferecida pelo empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, condutor do veículo de luxo.


Foto: Gazeta Brasil

A família de Ornaldo da Silva Viana, motorista de aplicativo de 52 anos morto em um trágico acidente com uma Porsche na Avenida Salim Farah Maluf, zona leste de São Paulo, recusou a ajuda financeira “irrisória” oferecida pelo empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, condutor do veículo de luxo. A proposta, considerada inaceitável pela defesa da vítima, consistia no pagamento mensal de um salário mínimo (R$ 1.412) por tempo indeterminado.

Em nota oficial, os advogados José Luiz Sotero dos Santos e Jair Sotero da Silva, que representam a família de Ornaldo, expressaram “repúdio e indignação” diante da oferta, classificando-a como “incompatível com a brutalidade do crime e o sofrimento da família”. A defesa argumenta que o valor proposto não representa nem de perto a perda de um pai de família exemplar, que trabalhava duro para sustentar seus entes queridos.

A proposta de ajuda financeira foi apresentada por meio de uma petição anexada ao inquérito que corre em segredo de Justiça. Apesar da aparente sensibilidade do empresário, que, segundo seus advogados, ficou sabendo das dificuldades financeiras da família através da imprensa, a oferta não especificava por quanto tempo a ajuda seria mantida, gerando ainda mais incertezas e desconfianças.

Na madrugada do dia 31 de março, Fernando Sastre, ao volante da Porsche, colidiu violentamente com o Renault Sandero de Ornaldo, que estava trabalhando no momento do acidente. O motorista de aplicativo, socorrido com urgência, não resistiu aos traumatismos múltiplos e faleceu horas depois.

A Polícia Civil, responsável pela investigação, indiciou Fernando por homicídio, lesão corporal ao passageiro da Porsche, Marcus Vinicius Rocha, de 22 anos, e fuga do local do crime. No entanto, a Justiça de São Paulo negou o pedido de prisão temporária do empresário por falta de elementos suficientes para a detenção.

Após dois pedidos de prisão negados, o depoimento de Marcus Vinicius, amigo de infância de Fernando e passageiro da Porsche, pode ser crucial para o rumo do caso. Em seu relato, Marcus afirma que ele, os demais amigos e o próprio Fernando consumiram bebidas alcoólicas na noite do acidente e que o empresário teria acelerado o carro antes de colidir com o Sandero, provocando a morte de Ornaldo.

GAZETA BRASIL

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