A Justiça do Ceará decidiu não levar Gilberto Aparecido dos Reis, o Fuminho, a júri popular pelo assassinato de dois chefões do Primeiro Comando da Capital (PCC).
A Justiça do Ceará decidiu não levar Gilberto Aparecido dos Reis, o Fuminho, a júri popular pelo assassinato de dois chefões do Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele é acusado de ser o mandante do crime.
Fuminho é apontado como amigo de infância e sócio de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder máximo da facção criminosa. O Ministério Público do Ceará (MPCE) alega que Fuminho ordenou a execução de Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, membros da cúpula do PCC.
O assassinato dos dois líderes em uma reserva indígena em Aquiraz, na Grande Fortaleza, em fevereiro de 2018, desencadeou uma crise na facção e uma série de ataques violentos.
Apesar das acusações, o Tribunal de Justiça do Ceará concluiu que não havia “indícios suficientes” para enviar Fuminho a julgamento por homicídio qualificado. A decisão também resultou no relaxamento de sua prisão preventiva, embora ele permaneça detido por outras acusações, incluindo tráfico de drogas.
Fuminho está preso desde 2020 na Penitenciária Federal de Brasília, após ser recapturado pela Polícia Federal em Moçambique, na África, onde fugiu da prisão do Carandiru em 1999.
Além de seu envolvimento com o PCC, Fuminho foi condenado em 2022 a 26 anos e 11 meses de prisão pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) por seu papel em um carregamento de 450 quilos de cocaína. As investigações também revelaram que ele recebeu R$ 200 milhões da facção para tentar resgatar Marcola da Penitenciária Federal de Brasília, onde este último está detido desde 2019.