Em entrevista à GloboNews, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos Rodrigues, afirmou que inquéritos nos quais o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é investigado deverão ser concluídos nos próximos meses.
Em entrevista à GloboNews, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos Rodrigues, afirmou que inquéritos nos quais o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é investigado deverão ser concluídos nos próximos meses. “Havia ainda pendências da cooperação internacional. Nossa equipe retornou recentemente dos Estados Unidos com os dados e informações que entendeu que são suficientes. Portanto, se encaminha para a análise final e relatório dessa etapa de investigação”, disse Rodrigues.
O desfecho do 1º inquérito, centrado na suposta apropriação irregular por parte de Bolsonaro das joias oferecidas pela Arábia Saudita, está programado para ocorrer ainda este mês.
Simultaneamente, os desdobramentos do inquérito referente às supostas fraudes nos cartões de vacinação também estão previstos para serem concluídos. Apesar do presidente já ter sido indiciado nesse último caso, a PGR solicitou a realização de novas investigações. A procuradoria busca esclarecer se Bolsonaro utilizou o cartão fraudulento para acessar os EUA.
O diretor-geral da Polícia Federal disse que, apesar da conclusão das investigações centrais dos dois inquéritos, a organização não descarta possíveis desdobramentos, que podem gerar novas apurações.
A PF também está prestes a concluir o inquérito referente à alegada interferência da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas eleições de 2022, com previsão de conclusão dentro de 30 dias. Este processo investigativo visa determinar se houve utilização imprópria da PRF para influenciar o desfecho das eleições.
Por último, até o fim de julho, espera-se a conclusão do inquérito que investiga suposta tentativas de golpe após as eleições, além do 8 de Janeiro.
À GloboNews, Andrei Rodrigues afirmou que não poderia comentar se há indícios de envolvimento de Bolsonaro nos supostos “atos golpistas”, mas disse que a equipe da Polícia Federal está fazendo um trabalho técnico e sério.
“Garanto que se houver a participação de qualquer pessoa, ela será apontada e apresentada. A PF não julga ou condena ninguém. Nós colhemos todos os dados da investigação e apresentamos ao Poder Judiciário”, afirmou Andrei na entrevista.
Após a conclusão de cada inquérito pela PF, os documentos são encaminhados ao ministro do STF Alexandre de Moraes, que então os repassa para a PGR.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) analisará os resultados e decidirá se há evidências suficientes para pedir o indiciamento de Bolsonaro ou se novas diligências são necessárias.