Governo Lula lança hoje Plano Safra que deve chegar a R$ 580 bilhões

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançará nesta quarta-feira (3) o Plano Safra 2024/25, voltado tanto para a agricultura empresarial quanto para a familiar. De acordo com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, o plano contará com R$ 475,56 bilhões em recursos para financiamento de pequenos, médios e grandes produtores.

O valor representa um aumento de 9% em relação à safra anterior, que ofereceu R$ 435,8 bilhões. Do total, R$ 400,585 bilhões serão destinados à agricultura empresarial, enquanto R$ 74,98 bilhões irão para a agricultura familiar.

O lançamento ocorrerá em duas etapas: pela manhã, será anunciado o pacote para a agricultura familiar, e à tarde, o Plano Safra 2024/25 para a agricultura empresarial será divulgado no Palácio do Planalto.

Lula afirmou que "há uma política de financiamento do governo extraordinária" para o agronegócio. "Serão dois grandes programas de financiamento, juros subsidiados, para que as pessoas possam continuar trabalhando, porque eu acho que nós temos que levar em conta que o agronegócio hoje é responsável por grande parte da riqueza deste país, e é importante que continue assim", disse o petista.

Segundo divulgado, o custo com a equalização de juros do Plano Safra terá um aumento de 23%, totalizando R$ 16,7 bilhões. Para a agricultura empresarial, o Tesouro Nacional destinará R$ 6,3 bilhões para a equalização de juros, em comparação aos R$ 5,1 bilhões da safra atual.

Para a agricultura familiar, o investimento será de R$ 10,4 bilhões, ante os R$ 8,5 bilhões liberados no ano passado.

O governo federal também deve incluir fontes de crédito rural para aplicação em Cédulas de Produto Rural (CPRs) no montante geral do Plano Safra 2024/25. Com isso, o valor total de recursos disponibilizados aos produtores no período de julho de 2024 até o fim de junho de 2025 será de R$ 582 bilhões.

O planejamento inicial do Ministério da Agricultura era alcançar mais de R$ 500 bilhões apenas com o Plano Safra 2024/25. No entanto, o montante precisou ser reduzido após debates com a equipe econômica do governo.