Hezbollah lançou nesta quinta-feira mais de 120 foguetes contra o norte de Israel em uma série de ataques coordenados, que deixaram pelo menos quatro feridos e causaram danos significativos em várias comunidades.
Hezbollah lançou nesta quinta-feira mais de 120 foguetes contra o norte de Israel em uma série de ataques coordenados, que deixaram pelo menos quatro feridos e causaram danos significativos em várias comunidades. Esses ataques representam uma das ofensivas mais intensas do grupo terrorista nas últimas semanas.
A escalada começou nas primeiras horas da manhã, quando sirenes de alerta soaram na cidade costeira de Nahariya. Segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI), cerca de 50 foguetes foram detectados cruzando a fronteira do Líbano em direção às regiões da Alta Galileia e Galileia Ocidental. Um dos projéteis atingiu uma estrada perto da vila de Klil, deixando quatro pessoas feridas, conforme confirmado pelos serviços de emergência israelenses.
A situação piorou quando, aproximadamente uma hora depois, o Hezbollah lançou uma segunda onda significativa de foguetes. Testemunhas na cidade de Safed registraram colunas de fumaça resultantes da interceptação de pelo menos duas dúzias de projéteis. Autoridades militares israelenses confirmaram que essa segunda onda consistiu em cerca de 30 foguetes.
Em Netiv Hashayara, uma comunidade agrícola próxima a Nahariya, um dos foguetes atingiu diretamente uma residência, causando grandes danos estruturais. Imagens do local mostram um grande cratera e destruição considerável, embora não tenham sido relatadas vítimas nesse incidente.
A cidade de Acre e seus arredores também foram atingidos pelos ataques. A FDI relatou que dois foguetes vindos do Líbano atingiram áreas abertas perto da zona industrial da cidade, enquanto as sirenes de alerta continuavam a soar na região.
O Hezbollah emitiu um comunicado reivindicando as duas grandes ondas de ataques. A primeira, com cerca de 50 projéteis, foi direcionada a uma “base da indústria de defesa” na área de Nahariya. A segunda onda focou na cidade de Safed, onde dezenas de foguetes foram interceptados pelos sistemas de defesa aérea israelenses. Segundo o grupo terrorista, o último ataque foi uma resposta direta às operações militares de Israel em território libanês.
Em resposta a esses ataques, as FDI afirmaram ter atingido mais de 160 alvos militares do Hezbollah no último dia, incluindo lançadores de projéteis e depósitos de armas, resultando na morte de aproximadamente 20 militantes. "As Forças de Defesa de Israel continuam com ataques terrestres limitados, localizados e seletivos contra o Hezbollah no sul do Líbano", indicou um comunicado militar.
Nos subúrbios ao sul de Beirute (Dahye), considerados reduto do Hezbollah, as forças israelenses também intensificaram os bombardeios contra instalações e fábricas de armas do grupo. As FDI acusam o Hezbollah de posicionar essas instalações estrategicamente dentro e abaixo de edifícios civis em áreas densamente povoadas, o que tem provocado um êxodo massivo da população local.
Os ataques de hoje ocorrem em meio a um conflito que se intensificou desde o início em 7 de outubro de 2023, quando o Hezbollah iniciou suas operações contra Israel "em solidariedade" com Gaza. A situação escalou dramaticamente no final de setembro, quando Israel intensificou seus bombardeios contra altos líderes do Hezbollah, seguido por uma incursão terrestre em 1º de outubro no sul do Líbano.
Desde o início das hostilidades há mais de um ano, o conflito já causou a morte de mais de 2.500 libaneses, dos quais Israel afirma que mais de mil são militantes. Do lado israelense, foram relatadas 60 mortes, incluindo 28 civis.
As autoridades nas comunidades do norte de Israel mantêm um alto estado de alerta, com os residentes instruídos a permanecerem próximos aos abrigos antiaéreos enquanto a ameaça de novos ataques a partir do território libanês continua.