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Blinken: "É Urgente que Israel Facilite Vacinação contra Pólio na Faixa de Gaza"

O governo dos Estados Unidos pediu a Israel que facilite urgentemente uma segunda rodada de vacinação contra a poliomielite na Faixa de Gaza.

Por Comando da Notícia

01/11/2024 às 01:27:57 - Atualizado há
Foto: Gazeta Brasil

O governo dos Estados Unidos pediu a Israel que facilite urgentemente uma segunda rodada de vacinação contra a poliomielite na Faixa de Gaza. "É urgente que isso seja concluído nos próximos dias, e estamos buscando que Israel facilite essa ação", disse o secretário de Estado Antony Blinken a repórteres nesta quinta-feira.

A Organização Mundial da Saúde iniciou uma campanha de vacinação em 1º de setembro, após o registro do primeiro caso de poliomielite em 25 anos neste território palestino, onde tropas israelenses realizam uma forte ofensiva contra o grupo terrorista Hamas.

A primeira rodada de vacinação foi concluída, e a segunda — essencial para desenvolver a imunidade — começou em 14 de outubro, conforme planejado, mas foi interrompida devido aos intensos bombardeios de Israel na Faixa de Gaza.

"Uma das coisas que foi bem-sucedida nos últimos meses foi a campanha de vacinação contra a poliomielite para centenas de milhares de crianças palestinas em Gaza", destacou Blinken. "Mas, para que essa campanha se conclua", é necessário que a segunda rodada seja realizada "em um determinado tempo" após a primeira.

Blinken garantiu que Washington está "monitorando de perto" se Israel cumpre suas obrigações de permitir a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza e alertou que a situação ainda é "insuficiente".

No meio de outubro, Blinken e o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, advertiram que Washington reteria algumas ajudas militares a Israel se a situação humanitária em Gaza não melhorasse em um prazo de 30 dias, que se encerra após a eleição presidencial americana na terça-feira.

"Tem havido um progresso real, mas insuficiente, e trabalhamos diariamente para garantir que Israel faça o que precisa fazer para assegurar que essa assistência chegue às pessoas que precisam", acrescentou Blinken.

O chefe da diplomacia americana declarou que "não basta levar caminhões a Gaza", mas também é vital que a ajuda "possa ser distribuída de forma eficaz" dentro da Faixa.

Blinken destacou ainda que é hora de terminar a guerra em Gaza, dado que Israel já alcançou os dois objetivos que estabeleceu ao lançar sua ofensiva há mais de um ano: eliminar a cúpula do Hamas e os responsáveis pelo ataque a Israel em 7 de outubro.

"Ambos os objetivos foram alcançados, e agora a atenção deve se voltar para o fim da guerra e, enquanto isso, garantir que as pessoas recebam alimentos, medicamentos e outras necessidades", afirmou.

Cesse-fogo no Líbano

Por outro lado, Blinken também afirmou nesta quinta-feira que as negociações para um eventual cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hezbollah no Líbano tiveram um "bom progresso".

Washington "está trabalhando arduamente" para conseguir um acordo que incluiria a retirada das tropas do Hezbollah, milícia apoiada pelo Irã, da região fronteiriça com Israel, indicou o secretário de Estado durante a coletiva de imprensa. "Com base na minha recente viagem à região e no trabalho que está sendo realizado, fizemos um bom progresso nesses entendimentos", afirmou o diplomata. "Ainda temos mais trabalho a fazer", acrescentou, reiterando seu pedido por "uma solução diplomática".

Os enviados da Casa Branca, Amos Hochstein e Brett McGurk, se reuniram nesta quinta-feira com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para quem qualquer acordo sobre o Líbano deve garantir a segurança de seu país.

Segundo meios de comunicação israelenses que citam fontes governamentais, o plano dos enviados de Washington propõe uma retirada do Hezbollah e das tropas israelenses do sul do Líbano, enquanto o controle da área ficaria a cargo do exército libanês e dos capacetes azuis da ONU. Assim, o Líbano teria a responsabilidade de evitar que o Hezbollah se rearmasse com armas importadas, e Israel preservaria seu direito de se defender, respeitando o direito internacional.

(Com informações da AFP e EFE)

Fonte: GAZETA BRASIL
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