Nesta quarta-feira, a vice-presidente Kamala Harris discursou aos americanos na Universidade de Howard, em Washington, D.
Nesta quarta-feira, a vice-presidente Kamala Harris discursou aos americanos na Universidade de Howard, em Washington, D.C., concedendo oficialmente a derrota para Donald Trump na disputa presidencial. O pronunciamento veio horas após Harris ligar para o presidente eleito para reconhecer o resultado das eleições.
Em uma cena que remete ao discurso de Hillary Clinton em 2016, que também esperou até o dia seguinte para conceder a vitória, Harris subiu ao palco ao som de “Freedom”, de Beyoncé, usando um terno preto e sendo recebida com aplausos entusiasmados da plateia.
“Hoje, meu coração está cheio, cheio de gratidão”, declarou Harris em sua abertura. Ela agradeceu ao presidente Joe Biden, à sua família e à família Walz, além de seus apoiadores e voluntários. “Tenho muito orgulho da campanha que fizemos e de como a conduzimos”, afirmou.
Reconhecendo a frustração de muitos apoiadores, Harris declarou: “Sei que as pessoas estão sentindo uma variedade de emoções neste momento, e eu entendo. Mas precisamos aceitar o resultado desta eleição”. Harris também mencionou que telefonou para Trump para conceder a vitória, o que provocou vaias da plateia.
A vice-presidente afirmou que respeitará os resultados das urnas e que fará parte do processo de certificação oficial em 6 de janeiro, ressaltando que sua lealdade é, antes de tudo, à Constituição. "Enquanto aceito o resultado desta eleição, não abandono a luta que motivou esta campanha: a luta pela liberdade, pela oportunidade, pela justiça e pela dignidade de todas as pessoas."
Harris reforçou sua posição sobre questões como o controle de armas e o direito ao aborto, indicando que continuará defendendo essas pautas. "Seguiremos com essa luta nas urnas, nos tribunais e nas praças públicas."
Em uma mensagem direcionada especialmente aos jovens, Harris disse: "Para os jovens que estão acompanhando, é normal sentir tristeza e decepção, mas saibam que tudo ficará bem."
Ela finalizou seu discurso com um chamado à ação: "Este não é um momento para cruzarmos os braços, mas para arregaçarmos as mangas e continuarmos a trabalhar pelo nosso futuro."