Um experimento realizado por uma cientista, conhecida como Devon Science no TikTok, revelou o motivo pelo qual devemos evitar o uso de secadores de mão em banheiros públicos e sempre optar por toalhas de papel. O vídeo, que já soma 4,7 milhões de visualizações, mostra o quanto de bactéria se encontra dentro dessas máquinas, que acabam sendo pulverizadas sobre as mãos recém-lavadas.
No experimento, Devon posicionou uma placa de Petri sob o secador de mãos, coletando as bactérias liberadas pela máquina. Para garantir um teste justo, ela também coletou bactérias do ambiente em seu laboratório e deixou as amostras descansarem durante a noite.
No dia seguinte, a placa de Petri com as bactérias do secador estava repleta de uma variedade de microrganismos, incluindo fungos, que apareceram como manchas brancas, amarelas e pretas. Por outro lado, a placa coletada do ar no laboratório permaneceu completamente limpa, sem contaminação.
A cientista admitiu que, após os resultados, opta por evitar os secadores de mão e prefere usar toalhas de papel ou simplesmente balançar as mãos para secá-las.
Em uma segunda parte do experimento, Devon usou papel higiênico — que ela havia usado para secar as mãos — e colocou-o em uma placa de Petri. Embora também tenha crescido uma variedade de bactérias, o número foi muito inferior ao das bactérias coletadas do secador de mãos.
Para finalizar, ela fez uma coleta no ventilar do secador, e o cotonete saiu totalmente sujo, com a cor preta. Mais uma vez, a placa de Petri revelou uma diversidade de bactérias, similares às que foram liberadas pela máquina.
Após os resultados alarmantes, Devon Science declarou: “Agora sei de onde vêm as bactérias: elas realmente vivem dentro da máquina.”
Embora a cientista não tenha especificado quais tipos de bactérias foram encontradas, estudos anteriores já indicaram que bactérias como E. coli, hepatite e até microrganismos presentes nas fezes podem ser encontrados em banheiros públicos.
Pesquisas passadas também sugerem que os secadores de mãos podem soprar essas bactérias nas mãos das pessoas, uma vez que eles absorvem o ar ao redor da máquina — onde os micro-organismos podem estar presentes.
Um estudo realizado em 2018, pelas universidades de Connecticut e Quinnipiac, testou secadores de mãos em banheiros públicos para verificar se eles sugavam bactérias do ar e as lançavam nas mãos recém-lavadas. A pesquisa revelou que até 254 colônias de bactérias foram identificadas na placa de Petri após 30 segundos de exposição ao ar quente do secador.
Após instalarem filtros de alta eficiência (HEPA) nos secadores, a quantidade de bactérias caiu em 75%. Isso sugere que a maioria das bactérias liberadas pelos secadores vinha do ar do banheiro público.
Com esses resultados, fica claro o risco de usar secadores de mãos em locais públicos. A recomendação agora é optar por toalhas de papel, que, embora não estejam imunes à contaminação, oferecem uma opção muito mais segura.
GAZETA BRASIL