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Trump Ameaça BRICS: "Tarifas de 100% para Países que Tentarem Enfraquecer o Dólar"

Trump Reage às Propostas de Substituição do Dólar pelo BRICS Donald Trump exigiu neste sábado que os países membros do BRICS se comprometam a não criar uma nova moeda ou apoiar outra que substitua o dólar americano, sob pena de enfrentarem tarifas de 100%.


Foto: Diário do Nordeste

Trump Reage às Propostas de Substituição do Dólar pelo BRICS

Donald Trump exigiu neste sábado que os países membros do BRICS se comprometam a não criar uma nova moeda ou apoiar outra que substitua o dólar americano, sob pena de enfrentarem tarifas de 100%.

“Exigimos um compromisso desses países de que não criarão uma nova moeda do BRICS, nem apoiarão nenhuma outra moeda que substitua o poderoso dólar americano, ou enfrentarão tarifas de 100%, e terão que dizer adeus a vender para a maravilhosa economia dos Estados Unidos”, escreveu o presidente dos Estados Unidos em sua plataforma de mídia social, Truth Social.

“Podem procurar outro 'bobo'. Não há chance de que o BRICS substitua o dólar americano no comércio internacional, e qualquer país que tentar isso deveria dizer adeus aos Estados Unidos”, acrescentou.

O dólar, que domina o comércio e os negócios internacionais, enfrenta desafios por parte de membros do bloco como Rússia e China, que têm defendido sua substituição como moeda de reserva mundial.

A proposta de uma moeda conjunta do grupo foi apresentada na cúpula do BRICS de 2022, na África do Sul.

Em outubro, Vladimir Putin acusou as potências ocidentais de “transformar o dólar em uma arma”, apontando em uma cúpula do BRICS em Kazan que as sanções impostas à Rússia após a invasão da Ucrânia “minaram a confiança nesta moeda e diminuíram seu poder”.

O tema central da cúpula foi a alternativa proposta pela Rússia para contornar o dólar americano por meio da criação de um novo sistema de pagamento chamado "BRICS Bridge". O sistema usa moedas digitais, blockchain e tokens, e os russos o promovem como a principal alternativa ao SWIFT (o sistema de mensagens seguro usado para gerenciar trilhões de dólares em pagamentos bancários ao redor do mundo). Em seu discurso, Putin também disse: “Não rejeitamos nem lutamos contra o dólar. Mas se não nos derem a oportunidade de usá-lo, o que podemos fazer? Somos obrigados a buscar alternativas”.

Outro objetivo da Rússia na cúpula era se mostrar distante da ideia de isolamento provocado pelas sanções. “O processo de formação de um mundo multipolar está em andamento”, disse Putin. No entanto, no início de outubro, os ministros das Finanças da China, Índia e África do Sul não estavam presentes na reunião de funcionários de Finanças do BRICS, dando a entender que o interesse deles pela proposta russa é limitado. “Eles assentem com a cabeça, ouvem educadamente a Rússia. Mas ainda não há sinais de que essa iniciativa se torne popular e seja implementada na prática”, disse ao Financial Times Alexandra Prokopenko, membro do Carnegie Russia Eurasia Center de Berlim.

Por sua vez, o alerta de Trump aos países do BRICS se soma a medidas semelhantes dirigidas ao México, Canadá e China na última semana.

O presidente eleito alertou que imporia tarifas de 25% sobre todas as importações mexicanas e canadenses, e uma tarifa adicional de 10% sobre os produtos chineses, acusando esses países de facilitar a migração ilegal e o tráfico de drogas.

A escalada das tensões levou o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau a realizar uma visita de emergência à residência de Trump em Mar-a-Lago na noite de sexta-feira.

Trump classificou este sábado o encontro com Trudeau como “muito produtivo”, com o canadense se comprometendo a trabalhar para combater a “epidemia de drogas” nos Estados Unidos, como afirmou o republicano.

“(No encontro) deixei muito claro que os Estados Unidos não ficarão mais de braços cruzados enquanto nossos cidadãos se tornam vítimas da epidemia de drogas, causada principalmente pelos cartéis de drogas e pelo fentanilo que chega em grandes quantidades da China”, afirmou hoje Trump, também em sua rede social Truth.

“A crise do fentanilo e as drogas, que dizimaram tantas vidas como resultado da imigração ilegal, acordos comerciais justos que não prejudicam os trabalhadores americanos e o enorme déficit comercial que os Estados Unidos têm com o Canadá”, acrescentou.

Segundo fontes do governo canadense, ambos discutiram questões como comércio, segurança nas fronteiras, fentanilo, OTAN, Ucrânia, China, energia e a próxima cúpula do G7, que será realizada no Canadá.

Trump, que assegurou uma vitória eleitoral decisiva neste mês, fez campanha com a promessa de impor tarifas massivas sobre produtos estrangeiros, incluindo tarifas adicionais de 60% sobre as importações chinesas.

GAZETA BRASIL

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