Os Estados Unidos criticaram neste sábado o grupo terrorista Hamas por divulgar um vídeo no qual aparece um dos reféns sequestrados em Gaza, intitulado "Em breve o tempo está acabando". (Vídeo no final da matéria).
Por meio de um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, a Casa Branca descreveu o vídeo como "um cruel lembrete do terror do Hamas contra cidadãos de vários países, incluindo os seus próprios". "Estamos em contato com a família de Edan. A guerra em Gaza poderia acabar amanhã mesmo, e com ela, o sofrimento dos gazatianos, se o Hamas aceitasse a libertação dos reféns", afirmou o funcionário da Administração de Joe Biden, acrescentando que os esforços para trazê-los de volta para casa "nunca cessarão".
Neste sábado, o grupo terrorista pró-iraniano divulgou um vídeo em que aparece Edan Alexander, um dos sete cidadãos americanos sequestrados no dia 7 de outubro de 2023 durante a incursão em Israel, e que ainda não foram libertados. Segundo veículos de imprensa locais, o jovem nasceu em Tel Aviv e se juntou à brigada Golani como soldado “solitário” após se formar no ensino médio em 2022.
As imagens mostram Edan em um close, em um ambiente escuro, e ele pede ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu que intensifique seus esforços para garantir sua liberação e a dos demais civis, que estão há mais de 420 dias longe de suas famílias.
"Eu ouvi você falando com o povo de Israel nas notícias e estou muito decepcionado ( ) O Primeiro Ministro deveria proteger seus cidadãos e soldados, e você nos negligenciou", disse Alexander, acrescentando: "O medo e o isolamento estão nos matando. Por favor, não nos esqueçam. Não é justo que nós paguemos o preço pelo erro do nosso governo".
Em seguida, ele pediu ao Governo de Donald Trump, que assumirá a presidência em 20 de janeiro, que intervenha para garantir sua libertação. "Por favor, use sua influência e todo o poder dos Estados Unidos para negociar nossa liberdade. Cada dia aqui é como uma eternidade e a dor de dentro cresce a cada dia", afirmou.
A assessoria de Netanyahu informou que o primeiro-ministro entrou em contato com a família do americano e garantiu que "Israel está fazendo todo o possível" para resgatar os reféns, "que estão nas mãos do inimigo".
Vídeos como esse, em que os sequestrados costumam se manifestar contra os governantes de seus países, foram considerados como uma prática de "terrorismo psicológico" por Israel e seus aliados, que alegam que os civis são forçados a gravar essas mensagens sob ameaça, com o objetivo de exercer pressão e garantir melhores condições durante as negociações com o Gabinete de Guerra.
O Fórum de Famílias de Reféns, no entanto, interpretou o vídeo como um sinal de esperança, pois, mais de um ano após o sequestro, é "uma prova definitiva de que, apesar de todos os rumores, há reféns vivos", embora "estão sofrendo muito".
The family of Edan Alexander, the Israeli-American held hostage in Gaza, has authorized the release of the heartbreaking proof of life video published by terrorists earlier today. pic.twitter.com/pYp8vttt8t
— Aviva Klompas (@AvivaKlompas) November 30, 2024
(Com informações da EFE)
GAZETA BRASIL