Em outubro de 2024, a Prefeitura de São Paulo gastou R$ 5,6 bilhões com subsídios pagos às empresas de ônibus, superando o valor de R$ 5,3 bilhões desembolsado durante todo o ano de 2023.
Em outubro de 2024, a Prefeitura de São Paulo gastou R$ 5,6 bilhões com subsídios pagos às empresas de ônibus, superando o valor de R$ 5,3 bilhões desembolsado durante todo o ano de 2023. Esse aumento, que já supera o montante gasto no ano passado em apenas dez meses, indica que até o final de 2024, o total de subsídios poderá ultrapassar os R$ 6 bilhões, tornando-se o maior valor da história da cidade, pelo quarto ano consecutivo.
De acordo com dados do site de transparência da SPTrans, entre janeiro e outubro de 2024, o total de subsídios alcançou R$ 5,640 bilhões, o que representa um aumento de 21,4% em relação ao mesmo período de 2023, quando o valor foi de R$ 4,644 bilhões. No ano passado, a prefeitura gastou R$ 5,3 bilhões para manter o sistema de transporte em funcionamento, um valor também superior ao dos anos anteriores. O orçamento para 2025 prevê R$ 6,4 bilhões para o subsídio tarifário, mas ainda está sendo discutido na Câmara Municipal.
Em nota, a Prefeitura de São Paulo, por meio da SPTrans, justificou o aumento dos subsídios, destacando a manutenção da tarifa de ônibus congelada em R$ 4,40 desde 2020, o maior período desde o Plano Real. A gestão também destacou que o subsídio tarifário viabiliza importantes programas, como o “Domingão Tarifa Zero”, que já beneficiou mais de 150 milhões de pessoas, além de outras iniciativas como a integração gratuita entre ônibus e a gratuidade no embarque para idosos, estudantes e pessoas com deficiência.
O aumento no gasto com subsídios é diretamente relacionado ao crescimento das gratuidades, especialmente com a implementação do programa “Domingão Tarifa Zero”, e à manutenção do valor da tarifa. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou que, após ser reeleito, se reunirá com a equipe técnica no início de dezembro para avaliar se será possível manter a tarifa congelada por mais um ano.
O levantamento também revelou os gastos mensais com subsídios ao longo de 2024, que variaram de R$ 425 milhões a R$ 745 milhões por mês, com o total acumulado no ano chegando a R$ 5,64 bilhões até outubro. Em 2023, o valor anual foi de R$ 4,64 bilhões, enquanto em 2022 foi de R$ 4,2 bilhões.
Para 2025, a previsão é que o subsídio tarifário atinja R$ 6,4 bilhões, com o Projeto de Lei Orçamentária Anual ainda em discussão na Câmara Municipal.