O Supremo Tribunal Federal (STF) continua nesta quarta-feira (4) o julgamento de processos que discutem a responsabilidade das empresas que operam redes sociais em relação a conteúdos ilegais publicados por seus usuários.
O Supremo Tribunal Federal (STF) continua nesta quarta-feira (4) o julgamento de processos que discutem a responsabilidade das empresas que operam redes sociais em relação a conteúdos ilegais publicados por seus usuários.
A análise teve início na semana passada, mas ainda não houve definição do placar. Até o momento, apenas o ministro Dias Toffoli, relator de um dos casos, começou a apresentar seu voto, que deve ser concluído na sessão de hoje. Os demais dez ministros ainda precisam se manifestar.
O julgamento aborda a constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014), que regula os direitos e deveres para o uso da internet no Brasil. O artigo determina que plataformas só podem ser responsabilizadas por publicações ilegais de usuários se, após determinação judicial, não removerem o conteúdo.
Na etapa inicial do julgamento, representantes das redes sociais defenderam a manutenção da regra atual, afirmando que já retiram conteúdos ilegais de forma extrajudicial. Alegaram ainda que uma fiscalização prévia configuraria censura e violaria a liberdade de expressão.
No entanto, os ministros Alexandre de Moraes e Dias Toffoli indicaram posições favoráveis à criação de parâmetros mais rígidos, que possam obrigar as plataformas a removerem conteúdos ilícitos com maior agilidade. Moraes citou os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 como exemplo da “falência” do modelo de autorregulação. Toffoli criticou o Marco Civil, afirmando que a norma confere “imunidade” às plataformas digitais.
O STF julga quatro ações que tratam da interpretação do artigo 19 do Marco Civil da Internet:
O julgamento pode trazer mudanças significativas para o modelo de funcionamento das redes sociais no Brasil.