Os Estados Unidos realizaram na noite deste sábado uma série de ataques aéreos seletivos contra instalações dos rebeldes huthis no Iêmen, com o objetivo de enfraquecer sua capacidade de ataque.
Os Estados Unidos realizaram na noite deste sábado uma série de ataques aéreos seletivos contra instalações dos rebeldes huthis no Iêmen, com o objetivo de enfraquecer sua capacidade de ataque. Não foram registradas vítimas.
O Comando Central dos EUA divulgou um vídeo que mostra dois caças F/18 decolando, e informou em comunicado que a operação envolveu tanto a Força Aérea quanto a Marinha, que estão há meses posicionadas na região.
Os ataques foram concentrados na capital, Saná, e em seus arredores, com foco em instalações de armazenamento de mísseis, postos de comando e controle, e depósitos de armamentos essenciais dos terroristas. Durante a operação, os oficiais também abateram sobre o Mar Vermelho vários veículos aéreos não tripulados de ataque unidirecional e um míssil de cruzeiro antinavio, que haviam sido lançados como parte das manobras quase diárias dos rebeldes.
"As forças do CENTCOM realizaram ataques deliberados para interromper e degradar as operações dos huthis, como ataques contra navios de guerra e mercantes da Marinha dos Estados Unidos no sul do Mar Vermelho, Bab al-Mandeb e no Golfo de Áden. O ataque reflete o compromisso contínuo do CENTCOM em proteger o pessoal americano e da coalizão, os parceiros regionais e o transporte marítimo internacional", afirmou o comunicado.
Os rebeldes huthis confirmaram a ofensiva em seu canal no Telegram e acusaram o Reino Unido de também participar do ataque. "Agressão americano-britânica que teve como alvo a área de Attan, na capital", escreveu o porta-voz dos terroristas, referindo-se à cidade conhecida por abrigar vários quartéis militares.
O Ministério da Informação do Iêmen declarou em uma mensagem breve que "está claro que os americanos não aprenderam com seus erros e continuarão colhendo humilhações às nossas mãos, os iemenitas".
Embora Londres não tenha se referido a esta manobra específica, no passado participou de operações semelhantes junto com as tropas de Washington, liderando uma coalizão naval no Mar Vermelho cujo objetivo é proteger navios comerciais e de guerra dos aliados que navegam na área e que são vulneráveis aos ataques do grupo pró-iraniano.
Como parte de suas atividades de proteção e dissuasão, desde janeiro, os aliados têm realizado bombardeios seletivos sobre a capital iemenita, como aconteceu em 10 de novembro. Naquela data, vários caças de ambos os exércitos bombardearam instalações de armazenamento de armas avançadas dos rebeldes nas áreas de Jarban e Al-Hafa, e no distrito de Sufyuan.
Na última quinta-feira, Israel se somou às operações, neutralizando mais posições militares inimigas "na costa ocidental e no interior do Iêmen", conforme indicaram as Forças de Defesa de Israel (FDI). "Os objetivos atacados pelas FDI eram utilizados pelas forças huthis para fins militares. Os ataques degradam o regime terrorista huthi, impedindo-o de explorar os objetivos para fins militares e terroristas, incluindo o contrabando de armas iranianas para a região", afirmou o porta-voz das FDI, Daniel Hagari.
O líder dos rebeldes, Abdulmalik al-Huti, ameaçou Tel Aviv com a intensificação dos ataques e garantiu que o grupo está pronto para "enfrentar qualquer nível de escalada, com a ajuda de Alá". Ele acrescentou: "Não hesitaremos em apoiar o povo palestino, independentemente dos desafios e ataques dos americanos, israelenses ou daqueles em sua órbita".
(Com informações da EFE)