Na noite de sexta-feira (10), um homem foi morto na comunidade do Catiri, em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Na noite de sexta-feira (10), um homem foi morto na comunidade do Catiri, em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. De acordo com testemunhas, ele foi confundido por traficantes com um miliciano devido à sua roupa preta.
Francisco de Assis Almeida, de 40 anos, estava a caminho da igreja quando foi atingido. O corpo foi removido para o Instituto Médico-Legal (IML) do Centro por bombeiros do quartel de Ricardo de Albuquerque. O Corpo de Bombeiros foi acionado às 20h35, mas os militares encontraram Francisco já sem vida na Rua Capão Bonito, na altura do número 415. O 14º BPM (Bangu) também esteve no local e isolou a área para a perícia.
A confusão teria ocorrido devido ao uso de uma blusa preta, uma característica associada aos milicianos que atuam na região. “Ele estava indo para um retiro, colocando as malas no carro, quando veio um carro e atirou. Confundiram ele com um miliciano porque ele estava usando uma blusa preta”, afirmou um amigo próximo à vítima.
Moradores da comunidade relataram que a região é constantemente alvo de disputas entre o Comando Vermelho e a milícia. Segundo informações, o tráfico ordena que os moradores evitem usar roupas pretas para não serem confundidos com milicianos, que frequentemente utilizam esse tom em suas ações.
A prima de Francisco, profundamente abalada, lamentou a morte e criticou a lentidão da justiça. “Nem vou pedir, porque eu sei que a justiça no Rio, no Brasil, é muito devagar e não vai trazer meu primo de volta. A gente vive mais com os bandidos do que a própria Justiça”, afirmou, em entrevista ao jornal O Dia.
Francisco era natural da Bahia e estava no Rio de Janeiro há aproximadamente um ano e quatro meses. Seu corpo será levado de volta para Conceição de Almeida, na Bahia, onde será enterrado.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital, que realizou uma perícia no local e segue com diligências para identificar os responsáveis pelo crime.