O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, registrou alta de 0,11% em janeiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (24).
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, registrou alta de 0,11% em janeiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (24). O resultado superou a expectativa do mercado, que previa retração de 0,03%. No acumulado de 12 meses, o indicador caiu de 4,71% para 4,50%.
Entre os nove grupos de produtos e serviços analisados, oito apresentaram alta no período, com destaque para o grupo Alimentação e Bebidas, que subiu 1,06%.
O aumento de preços em alimentos no domicílio foi puxado por itens como o tomate (17,12%) e o café moído (7,07%), enquanto produtos como batata-inglesa (-14,16%) e leite longa vida (-2,81%) apresentaram queda. Já a alimentação fora do domicílio desacelerou de 1,23% em dezembro para 0,93% em janeiro.
A alta nos preços de alimentos vem sendo motivo de debate no governo federal. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem reunião agendada com ministros nesta sexta-feira para discutir medidas que possam conter os custos dos alimentos.
O grupo Transportes registrou alta de 1,01%, influenciado principalmente pela elevação no preço das passagens aéreas (10,25%) e dos combustíveis (0,67%). Entre os combustíveis, o etanol subiu 1,56%, o óleo diesel 1,10%, o gás veicular 1,04% e a gasolina 0,53%.
Houve também reajustes em tarifas de transporte público em várias capitais. Em Belo Horizonte, por exemplo, o aumento foi de 4% devido a um reajuste de 9,52% no início de janeiro. Em São Paulo, as passagens de trem e metrô subiram 4%, enquanto tarifas de ônibus caíram 4,24%, reflexo de gratuidades oferecidas em feriados como Natal e Ano Novo.
No grupo Habitação, houve redução de 3,43%, com destaque para a queda de 15,46% nos preços da energia elétrica residencial. Esse recuo foi impulsionado pelo Bônus de Itaipu, que foi incorporado nas faturas emitidas em janeiro.
Apesar disso, a taxa de água e esgoto subiu 0,86%, devido a reajustes em cidades como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.
Entre as regiões analisadas, a maior alta foi registrada em Goiânia (0,53%), influenciada pelo aumento no preço da gasolina (5,77%) e do etanol (12,29%). Já Porto Alegre apresentou a maior queda (-0,13%), devido à redução nos preços da energia elétrica (-16,84%) e da batata-inglesa (-21,62%).
O cenário econômico reforça a necessidade de ações coordenadas para lidar com os desafios inflacionários, especialmente no setor de alimentos, que segue pressionando o orçamento das famílias brasileiras.