A recente disputa política no Congresso Nacional ganhou um elemento inusitado: o boné. O acessório, que tem sido utilizado tanto por governistas quanto por oposicionistas como símbolo de suas narrativas políticas, foi criticado nesta terça-feira (4) pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).
“Pra mim, boné serve pra proteger a cabeça do sol, e não pra resolver os problemas do país. O que a gente precisa é fazer, e ter a cabeça aberta pra pensar em como ajudar o Brasil a ir pra frente”, afirmou Motta, ao minimizar a polêmica gerada pelo uso do acessório entre parlamentares.
Tudo começou no último sábado (1º), durante as eleições no Congresso, quando integrantes da base governista passaram a utilizar bonés com a inscrição “O Brasil é dos brasileiros”. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também aderiu à tendência. Segundo o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o gesto foi uma resposta ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que utilizava um boné com a frase “Make America Great Again” (“Torne a América grande novamente”). O adorno também é popular entre apoiadores brasileiros do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em resposta à iniciativa governista, membros da oposição exibiram, na segunda-feira (3), bonés com a frase “Comida barata novamente, Bolsonaro 2026” durante a sessão de abertura do Ano Legislativo. Além do acessório, oposicionistas carregavam um pacote de café e uma picanha, em alusão à inflação de produtos alimentícios.
GAZETA BRASIL