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Reféns Libertados pelo Hamas neste sábado Apresentam Desnutrição Severa

Três reféns israelenses libertados na manhã de sábado (10) após 491 dias em cativeiro em Gaza estão sofrendo de “desnutrição severa” e perderam uma quantidade significativa de peso, conforme relatado pelo Ministério da Saúde de Israel.

Por Comando da Notícia

08/02/2025 às 20:19:16 - Atualizado há
Foto: O Antagonista

Três reféns israelenses libertados na manhã de sábado (10) após 491 dias em cativeiro em Gaza estão sofrendo de “desnutrição severa” e perderam uma quantidade significativa de peso, conforme relatado pelo Ministério da Saúde de Israel. Os exames iniciais realizados após a chegada dos sobreviventes indicam que a saúde deles foi gravemente comprometida pelo longo período em que permaneceram sob o controle do Hamas.

Os reféns libertados foram identificados como Eli Sharabi, 52 anos, Or Levy, 34 anos, e Ohad Ben Ami, 56 anos. Imagens do momento da libertação mostram os três homens extremamente magros e visivelmente debilitados, com dificuldade para se manterem em pé. Segundo a Dra. Hagar Mizrahi, representante do Ministério da Saúde, os pacientes já iniciaram o processo de recuperação no Hospital Ichilov, em Tel Aviv. “São cenas difíceis de ver”, disse a especialista em uma coletiva de imprensa. “Por outro lado, é emocionante vê-los caminhando com as próprias pernas, eretos e orgulhosos.”

O presidente israelense, Isaac Herzog, descreveu a aparência dos reféns como “a representação de um crime contra a humanidade”. Em publicação na rede social X, Herzog afirmou que “o mundo inteiro precisa olhar para Ohad, Or e Eli — retornando após 491 dias de inferno, famintos, esqueléticos e feridos — sendo explorados em um espetáculo cruel e cínico por assassinos desprezíveis. Nos confortamos em saber que eles estão vivos e de volta ao convívio de seus entes queridos”.

As imagens dos reféns também levaram muitas famílias israelenses às lágrimas. Antes de serem entregues à Cruz Vermelha, os três foram exibidos por militantes do Hamas no centro de Deir al-Balah, em Gaza. A cena gerou comoção e revolta entre parentes de outros reféns ainda mantidos em cativeiro.

Steffen Seibert, embaixador da Alemanha em Israel, expressou sua indigniação ao ver os reféns sendo forçados a conceder entrevistas para uma emissora ligada ao Hamas. “É quase insuportável assistir a esses reféns emaciados sendo explorados dessa maneira. Isso é mais um crime hediondo cometido pelos terroristas”, escreveu Seibert. Ben Ami é cidadão alemão e israelense.

Familiares dos reféns expressaram alívio pela libertação, mas também choque ao verem suas condições físicas e emocionais. “Ele parece que esteve em Belsen”, comentou Pete Brisley, sogro de Eli Sharabi, referindo-se a um campo de concentração nazista na Segunda Guerra Mundial. Michal Cohen, mãe de Ohad Ben Ami, declarou: “Ele parece um esqueleto. Meu filho tem 57 anos, mas parece ter dez anos a mais. É muito triste vê-lo assim.”

O Fórum de Famílias de Reféns e Desaparecidos pediu a libertação imediata dos israelenses que ainda estão em cativeiro. “As imagens horrorizantes de Ohad, Eli e Or revelam o peso devastador de 491 dias em cativeiro do Hamas. Isso é um crime contra a humanidade”, afirmou o grupo em um comunicado. “Essas fotos mostram ao mundo a realidade desesperadora que cada refém ainda enfrenta em Gaza.”

O Conselho de Outubro, que representa famílias afetadas pelo ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023, comparou as imagens dos reféns às fotografias de sobreviventes do Holocausto e reiterou a necessidade de uma investigação aprofundada sobre a segurança em Israel. “Eli, Or e Ohad também precisam de respostas”, disse a organização em nota. “Como foi possível que cidadãos israelenses fossem sequestrados? Por que demorou quase 500 dias para resgatá-los? E como ainda há reféns sendo mantidos em condições desumanas em túneis?”

Para alguns dos libertados, o retorno à liberdade também significou confrontar tragédias pessoais devastadoras. Durante o ataque de 7 de outubro, a esposa de Eli Sharabi, Lianne, 48 anos, e suas filhas, Noiya, 16, e Yahel, 13, foram brutalmente assassinadas por militantes do Hamas. A família foi capturada em um quarto seguro antes de os terroristas incendiarem sua casa no Kibutz Be'eri. Durante os mais de 16 meses de cativeiro, Sharabi não sabia da morte de sua esposa e filhas. Seu irmão Yossi, 53 anos, também foi sequestrado e posteriormente morto em um bombardeio. Seu corpo deve ser devolvido a Israel na fase final do acordo de troca de reféns.

O acordo de libertação de reféns ainda enfrenta incertezas. A quinta fase do pacto, que permitiu a libertação dos três homens, ocorre em meio ao receio de que a segunda fase do acordo não se concretize, deixando dezenas de reféns presos em Gaza. As famílias dos reféns pressionam o governo israelense por mais negociações para garantir o retorno seguro de todos os sequestrados.

Fonte: GAZETA BRASIL
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