A taxa de desemprego no Brasil subiu para 6,5% no trimestre encerrado em janeiro de 2025, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice representa uma alta em relação ao trimestre móvel anterior, encerrado em dezembro de 2024, quando a taxa foi de 6,2%.
Essa é a segunda alta consecutiva após o menor nível de desocupação da série histórica, registrado no trimestre de setembro a novembro de 2024, com 6,1%. No entanto, o desemprego ainda está abaixo do mesmo período do ano passado, quando a taxa era de 7,6%.
A variação ficou abaixo das projeções do mercado financeiro. De acordo com a mediana das estimativas coletadas pela Reuters, a expectativa era que a taxa chegasse a 6,6% no trimestre encerrado em janeiro.
De acordo com William Kratochwill, analista do IBGE, a variação de 0,3 pontos percentuais em relação ao trimestre encerrado em outubro de 2024 foi a maior desde 2017 (0,8 p.p.), igualando o patamar de 2019.
Informalidade recua e rendimento cresce
A taxa de informalidade no trimestre encerrado em janeiro foi de 38,3%, o equivalente a 39,5 milhões de trabalhadores informais. O índice apresentou uma queda em relação ao trimestre móvel anterior (38,9%) e ao mesmo período de 2024 (39,0%).
Segundo o IBGE, essa redução ocorreu devido à diminuição no número de trabalhadores sem carteira assinada, que agora somam 13,9 milhões. Já o número de trabalhadores por conta própria permaneceu estável em 25,8 milhões na comparação trimestral e anual. No setor privado, o contingente de empregados com carteira assinada totalizou 39,3 milhões, mantendo-se estável no trimestre e registrando crescimento de 3,6% frente ao mesmo trimestre do ano passado.
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores subiu para R$ 3.343 no trimestre de novembro de 2024 a janeiro de 2025. O valor representa um aumento de 1,4% em relação ao trimestre encerrado em outubro e de 3,7% na comparação anual.
A massa de rendimento real habitual, que soma os rendimentos de todos os trabalhadores, atingiu R$ 339,5 bilhões, registrando estabilidade no trimestre e crescimento de 6,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, o que representa um acréscimo de R$ 19,9 bilhões no total de remunerações.
GAZETA BRASIL