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Pressão alta: quais os 3 medicamentos comuns no dia a dia que podem ser fator de risco para a hipertensão

Médico explica que doença é silenciosa e maioria tem sem diagnosticar. Ainda alerta que medicamentos comuns do dia a dia podem aumentar a pressão arterial sem que você saiba.

Por Redação do G1

19/03/2025 às 09:15:16 - Atualizado há
 Reprodução/Bom Dia Brasil

Silenciosa e perigosa, a hipertensão arterial, popularmente conhecida como pressão alta, está por trás das maiores causas de morte no país. Segundo os médicos, a doença é um desafio para o diagnóstico porque na maioria dos casos não manifesta sintomas. Com isso, os médicos alertam para medicamentos comuns no dia a dia, mas que podem colocar a saúde do coração em risco.

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A doença é caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias. É considerada hipertensão se, de forma persistente, a pressão sistólica for maior ou igual a 140 mHg e/ou a pressão diastólica maior ou igual a 90 mmHg, o famoso 14 por 9.

O único jeito de diagnosticar é acompanhando a pressão arterial, o que não é um hábito tão comum. Por isso, a doença passa despercebida em muitos pacientes, o que é extremamente perigoso, já que a hipertensão está presente em até 60% dos casos de infarto e 80% dos casos de AVC.

Com isso, médicos alertam para medicamentos que fazem parte do dia a dia do brasileiro, mas que podem ser um risco para quem tem a doença e não sabe.

São eles:

  • Anti-inflamatórios como nimesulida, o remédio mais vendido no Brasil, e o ibuprofeno, usado em medicamentos para cólica menstrual, entre outros;
  • Descongestionantes nasais com corticoide, principalmente para quem tem o vício no uso desse tipo de medicamento;
  • E até o anticoncepcional hormonal com estrogênio.

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Como isso acontece?

  • Anti-inflamatórios

Um grupo de medicamentos bastante usado pela população para aliviar dores comuns, como dor de cabeça e dor na coluna, são os anti-inflamatórios.

Entre os mais conhecidos estão: nimesulida – que é um dos medicamentos mais vendidos do país – e o ibuprofeno, que está em remédios populares para dor e medicamentos contra cólica menstrual.

O problema é que esses medicamentos agem bloqueando uma enzima do corpo chamada COX, responsável pela produção de outra substância: as prostaglandinas. Em condições normais, as prostaglandinas ajudam a dilatar as artérias e regulam o fluxo sanguíneo, mantendo a pressão arterial sob controle.

Ao inibir a enzima COX, o anti-inflamatório impede que as prostaglandinas sejam produzidas adequadamente. Sem essa substância, as artérias acabam contraídas, dificultando a passagem do sangue e aumentando a pressão arterial.

Além disso, o risco dos anti-inflamatórios é ainda mais preocupante porque eles atuam diretamente no rim, órgão responsável por controlar a regulação hormonal que afeta diretamente a pressão sanguínea.

Os médicos alertam que para quem tem hipertensão e não sabe, eles são considerados de alto risco, mas não só isso. Quem acompanha os níveis de pressão e não tem índices altos, também precisa acompanhar.

  • Descongestionantes nasais

Outro grupo muito comum, especialmente nas épocas mais frias, são os descongestionantes nasais. Muitos desses medicamentos têm como princípio ativo o corticoide, uma substância com efeito vasoconstritor— ou seja, ela atua contraindo os vasos sanguíneos no nariz, que é o causa o efeito de alívio rápido da congestão nasal.

O problema ocorre quando esses medicamentos são usados em excesso ou fora das recomendações descritas na bula. De forma geral, a recomendação é de uso três vezes ao dia.

Quando passa esse limite, o corticoide pode acabar sendo absorvido pela corrente sanguínea, causando a vasoconstrição não só no nariz, mas em todo o corpo. Como consequência, há aumento da frequência cardíaca e elevação da pressão arterial.

  • Anticoncepcional hormonal

Outro medicamento que merece atenção são os anticoncepcionais hormonais, especialmente aqueles que contêm estrogênio.

Nesse caso, o risco de aumentar a pressão arterial acontece por dois mecanismos principais:

  1. O corpo passa a reter mais líquidos, aumentando o volume sanguíneo;
  2. Com isso, ocorre uma mudança na estrutura dos vasos, que ficam mais apertados — é a chamada vasoconstrição.

Isso não significa que todas as mulheres que usam anticoncepcionais terão aumento da pressão arterial. Isso vai acontecer com aquelas que já têm a doença diagnosticadas ou que não sabem ainda que tem.

Se a pressão arterial estiver em 14 por 9 significa que tenho hipertensão?

Não necessariamente. O diagnóstico de hipertensão arterial só é validado após outras medições, em duas ou mais visitas médicas. Se o número se repetir, isso é um diagnóstico positivo para a doença.

O que o cardiologista recomenda é que as pessoas façam visitas periódicas ao médico e mantenham o relacionamento com o especialista para que ele possa acompanhar os níveis. E que seja feita também a medição em casa, com o uso de equipamento, principalmente a partir dos 40 anos.

Mas, atenção: para medir a pressão você não pode estar com a bexiga cheia, ter praticado exercícios físicos recentemente, ingerido bebidas alcoólicas e café ou ter fumado antes de medir a pressão.

A doença tem como principal fator a genética, mas há outros fatores de risco como: fumo; consumo de bebidas alcoólicas; obesidade; consumo elevado de sal; níveis altos de colesterol e sedentarismo.

Quais são as doenças associadas à pressão alta?

Segundo os especialistas, a pressão alta pode causar uma série de risco à saúde, incluindo:

  • Doenças cardíacas: aumenta o risco de ataque cardíaco e insuficiência cardíaca.
  • Acidente Vascular Cerebral (AVC): pode causar AVC isquêmico ou hemorrágico.
  • Danos aos rins: pode levar à doença renal crônica e insuficiência renal.
  • Problemas oculares: pode causar danos à retina, levando à perda de visão.
  • Aneurismas: a pressão alta pode enfraquecer as paredes das artérias, levando a aneurismas.
  • Demência: pode contribuir para a demência vascular.
Fonte: G1
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