Professores e servidores municipais de São Paulo cruzaram os braços nesta quarta-feira (16) em protesto contra a proposta de reajuste salarial apresentada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB).
Professores e servidores municipais de São Paulo cruzaram os braços nesta quarta-feira (16) em protesto contra a proposta de reajuste salarial apresentada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB). A paralisação, organizada pelo Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo (Aprofem), foi antecipada em relação à mobilização inicialmente prevista para o dia 25 de abril, mesma data marcada para o início da greve dos profissionais da rede estadual.
A decisão de antecipar o ato foi motivada pela insatisfação com o reajuste de 2,6% proposto pela gestão municipal, percentual considerado insuficiente pela categoria. "Mais um ataque ao funcionalismo. A Aprofem repudia veementemente esta proposta do governo municipal, um verdadeiro ataque à dignidade dos Profissionais da Educação e de todo o funcionalismo", afirmou o sindicato em nota.
O projeto do Executivo enviado à Câmara prevê reajustes escalonados: 2,6% a partir de 1º de maio de 2025 para servidores ativos e aposentados com paridade; 2,55% em maio de 2026; e 6,27% sobre os pisos do magistério. A categoria, no entanto, exige um aumento linear de 12,9% e outras mudanças estruturais.
Entre as reivindicações estão o fim do desconto de 14% sobre aposentadorias e pensões, valorização das carreiras da Educação, elevação dos pisos com incorporação nas tabelas do QPE (Quadro dos Profissionais de Educação), além de melhores condições de trabalho e respeito à saúde dos servidores.
Além da paralisação, os profissionais realizaram um ato em frente à Câmara Municipal, às 13h, com a presença de educadores da ativa, aposentados, pensionistas e representantes de entidades sindicais.