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Nova pílula contra obesidade promete substituir injeções como Ozempic

Pacientes que evitam agulhas podem comemorar: um novo comprimido desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly promete tratar diabetes tipo 2 e auxiliar na perda de peso com eficácia semelhante a medicamentos injetáveis como Ozempic — mas em formato de pílula.

Por Comando da Notícia

18/04/2025 às 15:39:12 - Atualizado há
Foto: Gazeta do Povo

Pacientes que evitam agulhas podem comemorar: um novo comprimido desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly promete tratar diabetes tipo 2 e auxiliar na perda de peso com eficácia semelhante a medicamentos injetáveis como Ozempic — mas em formato de pílula.

A empresa anunciou nesta semana resultados animadores de um ensaio clínico com a substância orforglipron. Segundo a Lilly, os participantes que tomaram a dose mais alta do comprimido perderam, em média, 7,9% do peso corporal — cerca de 7,2 kg — ao longo de 10 meses. Os níveis de açúcar no sangue também caíram em 1,3%, em média.

"O orforglipron representa um avanço significativo para pacientes que buscam uma alternativa sem agulhas para o controle de peso e glicose", declarou a empresa em nota.

Assim como os famosos medicamentos Ozempic e Wegovy, o novo comprimido pertence à classe dos agonistas do receptor GLP-1 — substâncias que imitam o hormônio peptídeo-1 semelhante ao glucagon, responsável por regular o apetite, a secreção de insulina e a glicose no sangue. Embora inicialmente voltadas ao tratamento do diabetes tipo 2, essas medicações ganharam destaque pelo impacto expressivo na perda de peso.

A diferença é que, enquanto os concorrentes precisam ser aplicados semanalmente via injeção, o orforglipron pode ser ingerido em forma de comprimido, o que deve ampliar seu apelo e facilitar a adesão ao tratamento. O comprimido também pode ser armazenado em temperatura ambiente e tomado a qualquer hora do dia, com ou sem alimentos.

A empresa planeja solicitar a aprovação da FDA (agência reguladora dos EUA) para uso do medicamento no controle de peso ainda este ano, e para o tratamento de diabetes em 2026. Caso aprovado, o medicamento pode chegar ao mercado norte-americano já no segundo semestre de 2025.

Com a expectativa de alta demanda, a Lilly informou que está reforçando os estoques e que pretende fabricar toda a oferta nacional do orforglipron nos EUA em até cinco anos. A farmacêutica já acumulou cerca de US$ 550 milhões em inventário da substância.

Ainda não há definição de preço, mas analistas estimam que o valor mensal fique abaixo de US$ 1.000 — um custo menor que os atuais medicamentos injetáveis da empresa, como Zepbound (US$ 1.086) e Wegovy (US$ 1.349).

Os efeitos colaterais relatados nos testes clínicos foram similares aos dos injetáveis GLP-1: diarreia, náuseas, vômitos, constipação e indigestão. Nenhum caso de dano hepático foi registrado entre os participantes.

Além do orforglipron, outras farmacêuticas estão em uma corrida para desenvolver alternativas orais aos medicamentos injetáveis. Contudo, a Lilly lidera esse processo, especialmente após a Pfizer interromper o desenvolvimento de sua pílula GLP-1 devido a um caso de possível lesão hepática.

A empresa segue conduzindo novos estudos em larga escala com o orforglipron, investigando seus efeitos em pacientes com obesidade, apneia do sono e doenças cardiovasculares. Os resultados desses testes são esperados ainda este ano, enquanto novos dados em pacientes com diabetes devem ser divulgados em 2026.

Fonte: GAZETA BRASIL
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