O Santander e o Safra entraram com recursos (agravo de instrumento) na Justiça para suspender a Recuperação Judicial (RJ) das Americanas. Os pedidos foram feitos nesta terça-feira (24).
Em documentos obtidos pelo jornal O Estadão, o Santander argumenta que o “pior já aconteceu” e alega que a Justiça do Rio de Janeiro não é a mais apropriada para julgar o pedido da rede de varejo.
De acordo com o banco, o pedido deveria transcorrer em São Paulo (SP), onde a maior parte das decisões da rede é tomada.
“O processamento da recuperação judicial deve, sempre, se dar no foro em que o devedor centraliza a direção geral dos seus negócios”, argumentam os advogados do Santander no documento.
No pedido, há até fotos de um prédio, apontado como a sede da Americanas no Rio de Janeiro.
Também há um pedido para que a Justiça determine que a Americanas apresente em 24h documentos que “comprovem cabalmente” que o Rio de Janeiro é de fato o principal local de sua sede.
Já o Safra, que tem R$ 2 bilhões em linhas de crédito com a varejista, alega que seria necessária uma perícia mais detalhada para saber as condições reais da rede de varejos.
O banco também afirma que a Americanas não apresentou os três últimos balanços, um dos requisitos em um processo de recuperação judicial.