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'Não morreu por sorte', diz delegado sobre mulher que perdeu filha e marido durante chacina

A mulher presenciou a execução da filha Larissa Frazão de Almeida, 12 anos, e do marido Getúlio Rodrigues Frazão, 36 anos.



Delegado Bráulio Junqueira, responsável por conduzir inquérito sobre chacina com sete mortos, disse que uma das sobreviventes não morreu por sorte. A mulher presenciou a execução da filha Larissa Frazão de Almeida, 12 anos, e do marido Getúlio Rodrigues Frazão, 36 anos, em um bar na cidade de Sinop (480 km de Cuiabá), nesta terça-feira (21).

"Ela (sobrevivente) é mãe da menina de 12 anos e esposa do Getúlio. Ambos foram executados. Há um questionamento: 'por que não mataram ela?'. Não mataram ela por sorte. Ela tentou fugir, o Luiz Carlos que também é sobrinho da testemunha conseguiu fugir, ela foi tentar fugir, foi rendida e pediram para deitar no chão. A criança tentou fugir e, infelizmente, foi alvejada. Ela não morreu por sorte", disse o delegado em entrevista à imprensa local.

Além de pai e filha, foram mortos Orisberto Pereira Souza, de 38 anos; Adriano Balbinote, 46 anos; Josué Ramos Tenório, 48 anos, Maciel Bruno de Andrade Costa, 35 anos, e Elizeu Santos da Silva, de 47.
Com o massacre, uma força-tarefa está mobilizada para localizar os autores identificados como Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, e Ezequias Souza Ribeiro, de 27.

"Os policiais civis e militares montaram equipes, fizeram diligências tentando localizá-los e prendê-los, mas não foi possível. Durante à noite a gente ouviu as testemunhas, que são as duas sobreviventes e já aproveitamos as provas que tínhamos, depoimento das testemunhas, reconhecimento, as filmagens do sistema interno de câmera no local do crime, pedimos ao Poder Judiciário a prisão temporária dos dois. Eles já podem ser considerados foragidos", afirma.

Na manhã desta quarta-feira (22), a caminhonete S10, espingarda calibre 12, munições uma garrafa de Velho Barreiro e carteira com cartões que pertenciam aos autores do massacre foram encontradas em um terreno baldio no residencial Gente Feliz, em Sinop (480 km de Cuiabá). O Batalhão de Operações especiais (Bope) auxilia nas buscas pelos criminosos.

Chacina

De acordo com registro da ocorrência, Edgar e Ezequias estavam jogando sinuca com as vítimas em um bar da cidade e teriam perdido R$ 4 mil em aposta. As vítimas, então, teriam zombando dos autores que em dado momento foram embora.

No entanto, logo depois eles retornaram armados com uma pistola 380 e uma espingarda calibre 12, atiraram contra sete pessoas e depois fugiram. Seis morreram ainda no local e uma foi socorrida em estado grave.

Acionada, a Divisão de Homicídios esteve no local e após conclusão da perícia e recolhimento dos corpos se deslocou ao Hospital Regional para onde Elizeu havia sido encaminhado pelo Corpo de Bombeiros. Elizeu passou por cirurgia, mas por volta das 23h teve o óbito constatado.

Informações podem ser passadas ao número 197, com sigilo garantido. A Polícia Militar também busca pelos criminosos.

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