Advogado Joan Barbosa, 31 anos, atuava como "meio de campo" comprando o ouro extraído da terra indígena Sararé.
O advogado Joan Barbosa, 31 anos, foi um dos alvos da Operação Peixe Grande, deflagrada nesta terça-feira (28) pela Polícia Federal, para combater suposta comercialização de ouro extraído ilegalmente por garimpeiros na região da Terra Indígena Sararé. A prisão dele foi realizada em Pontes e Lacerda (448 km de Cuiabá).
De acordo com a PF, Joan atuava como "meio de campo", comprando o ouro extraído da terra indígena e, em seguida, revendia aos comerciantes de joias de outros estados.
O advogado também é investigado por receber auxílio emergencial da covid-19. Ele foi preso em casa, em Pontes e Lacerda.
Além do advogado, outro criminoso também foi preso pela Polícia Federal em Pontes e Lacerda. A identidade não foi revelada e nem a função na quadrilha.
As investigações acontecem após desdobramento da Operação Rainha do Sararé, deflagrada em agosto de 2022. Segundo a análise dos dados financeiros, em menos de três anos, foram identificadas mais de 47 milhões em movimentações suspeitas, fragmentadas em inúmeras transações, a fim de ludibriar a fiscalização realizada pelo COAF.
Na ação desta terça, policiais cumprem sete mandados de busca e apreensão e 4 mandados de prisão em Pontes de Lacerda e Confresa, em Mato Grosso, e em São José do Rio Preto, em São Paulo.
Parte dos alvos da operação policial é constituída por proprietários ou sócios de empresas dedicadas à comercialização de metais preciosos, os quais se aproveitam de suas atividades lícitas para "esquentar" o minério precioso extraído ilegalmente da Terra Indígena Sararé.