Essa nova era tecnológica, em que o virtual permite maior facilidade na realização de atividades antes demoradas como pagar contas, realizar transferências bancárias, comprar imóveis, contatar empréstimos entre outros, mas isso também criou o cenário perfeito para crimes de estelionato virtual que oferecem ofertas "milagrosas" pela internet para aplicar golpes. Cuiabá vem registrando muitos casos de pessoas vítimas de golpes do pix e golpes do empréstimo, principalmente, por números desconhecidos, de outros estados.
De acordo com o secretário adjunto de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon Municipal), Genilto Nogueira, está havendo um grande número de registros de consumidores sendo vítimas de golpes via PIX e de golpes de falso empréstimo."Essa situação tem se tornando cada vez mais comum, com más intenções, os golpistas aproveitam da fragilidade das pessoas endividadas e oferecem soluções miraculosas para sanear os problemas financeiros. Ao invés de resolver, o consumidor acabando entrando em cenários bem mais complicados", enfatizou.
Genilto Nogueira pontua que a ação criminosa é um fato antigo, porém, com as facilidades da Internet, das redes sociais, a "agilidade" criminosa também vem crescendo exponencialmente. O secretário lembra que recentemente, uma consumidora que deu entrada no Procon Municipal de Cuiabá com uma demanda relacionada a golpe do PIX. "Ela estava munida de documentos que comprovavam que havia sido ludibriada e perdeu em torno de R$ 70 mil em menos de uma semana. Ela foi vítima de um golpe via PIX de uma empresa fictícia, que prometia a liberação de um valor de crédito elevado, mas mediante o cumprimento do envio de 'uma garantia'. Diariamente, os golpistas entravam em contato e manipulavam a consumidora a acreditar que estavam finalizando os trâmites burocráticos. Somente após sete angustiantes dias, a consumidora percebeu que era uma vítima", contou.
Independente de classe social ou de nível de escolaridade das vítimas, a "mentalidade criminosa" vem se aperfeiçoando e as táticas utilizadas para enganar são aprimoradas. Por isso, é fundamental que alguns cuidados sejam adotados para evitar ser vítima de golpes como esses ou de sequestro da conta de WhatsApp, outro golpe muito comum.
Segundo a Federação Nacional dos Bancos (FENABAN), os dados pessoais dos clientes jamais são solicitados ativamente pelas instituições financeiras, e funcionários de bancos não ligam aos clientes para fazer "testes" com o PIX. Portando, em quaisquer caso de dúvida, o ideal é procurar o banco para obter esclarecimentos.
Outro alerta válido vai para transferências em pix, como ele é um sistema que permite transferências rápidas, gratuitas, a qualquer dia e hora e de forma quase instantanea. Isso permite que o golpista movimente o dinheiro da vítima rapidamente o que, por vezes, dificulta a recuperação dos valores.
Para esclarecer ao consumidor como os casos funcionam, foram listados três tipos dos golpes mais recorrentes para que você possa se prevenir. Dentre eles estão:
1- Falso empréstimo – Nessa modalidade os estelionatários entram em contato com a vítima através de anúncios realizados em redes sociais ofertando empréstimos facilitados, com formas de pagamento e taxa de juros extremamente atrativas. Ao envolver a vítima na trama, os estelionatários passam a solicitar o pagamento de taxas para que o crédito seja disponibilizado, no entanto, tudo não passa de mais um golpe.
A melhor forma de se prevenir é desconfiar de propostas de crédito muito distantes da realidade bancária, já que muitas vezes para atrair as vítimas os golpistas ofertam valor altíssimos, para ser pago em muitas parcelas, com juros reduzidos. Também é válido lembrar que não existem taxas a serem pagas para liberação de crédito, pois todos os encargos que incidem sobre a operação tendem a ser abatidos do capital ou incluídos nas parcelas de pagamento do empréstimo.
2- Sequestro (ou clonagem) do WhatsApp - O mais popular aplicativo de mensagens instantâneas do Brasil é também o meio mais utilizado pelos golpistas. Na clonagem, os criminosos enviam uma mensagem fingindo ser funcionários de empresas em que a vítima tem cadastro. Eles solicitam um código de segurança, que já foi enviado por SMS pelo aplicativo, afirmando se tratar de uma atualização, manutenção ou confirmação de cadastro. Com o código, os bandidos conseguem replicar a conta de WhatsApp em outro celular. A partir daí, os criminosos enviam mensagens para os contatos da pessoa, fazendo-se passar por ela, pedindo dinheiro emprestado por transferência via PIX.
A melhor forma de se prevenir deste golpe é evitar clicar em links desconhecidos. Caso o golpista já tenha clonado seu número, basta desinstalar o aplicativo e baixa-lo novamente, dessa forma ele desabilitará no telefone do estelionatário retornando para o seu. Outro ponto importante, é sempre desconfiar de mensagens do conhecidos e familiares pedindo dinheiro de forma inesperada, principalmente se a conta de destino não for da pessoa que está pedindo. Sempre que receber uma mensagem com um pedido de dinheiro inesperado procure ligar e ter certeza que a pessoa por trás do telefone é de fato um conhecido ou se trata de uma tentativa de aplicar um golpe.
3- Falsas centrais de atendimento - O golpista entra em contato com a vítima se passando por um funcionário do banco ou empresa com a qual a vítima tem relacionamento. O criminoso oferece ajuda para que o cliente cadastre a chave PIX, ou diz que o usuário precisa fazer um teste com o sistema de pagamentos instantâneos para regularizar o cadastro. Neste momento, a vítima é induzida a fazer uma transferência.
Em casos de dúvidas, informações ou reclamações entrar em contato pelo WhatsApp: (65) 3641-6400. O Procon Municipal está situado à Rua Joaquim Murtinho, 554 - Centro, Cuiabá – MT. O horário de funcionamento é das 08 às 17 horas, sem intervalo para almoço.
RepórterMT