Marcos Vinicius Lino e Patricia André Ribeiro, pai e madrasta da menina Quenia Gabriela Oliveira Matos de Lima, de 2 anos, morta após ser torturada por eles, foram indiciados por homicídio por meio cruel. Os dois inquéritos do caso foram finalizados pela polícia do Rio de Janeiro. Um deles investigava se houve omissão por parte da creche onde a menina estudava. Neste inquérito foram indiciadas cinco pessoas que trabalham na unidade de ensino, em Guaratiba, bairro da Zona Oeste da capital fluminense: as duas sócias da instituição, a coordenadora, a recreadora e a auxiliar de recreação. Já no segundo inquérito, as profissionais foram indiciadas com base no artigo 26 da Lei 14.344 de ano passado, chamada Lei Henry Borel, dispositivo que prevê de seis meses a três anos de prisão para pessoas que deixarem de comunicar autoridades públicas a prática de maus-tratos, violência ou tratamento cruel contra crianças e adolescentes
A polícia alega que a menina tinha as fraldas trocadas frequentemente na creche e que os funcionários poderiam facilmente perceber as agressões. Quenia tinha 59 lesões no corpo, cicatriz recente e outras marcas quando foi atendida por médicos. Eram 17 lesões no abdômen, 16 no dorso, 12 no rosto, sete nas pernas e seis nos braços. Para a polícia, qualquer um poderia perceber que a menina estava sendo vítima de tortura e maus tratos. Quem fez a denúncia foi uma médica que prestou assistência à menina. Enquanto a menina era atendida, a médica foi a um posto policial para denunciar o pai e a madrasta. Inicialmente, eles negaram as violências e disseram que a menina tinha caído de uma altura significativa, mas a perícia apontou que a garota foi brutalmente torturada por ambos, que estão presos por tempo indeterminado.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga
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