O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu nesta quarta-feira, 29, para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre o caso Tacla Duran. O advogado é réu pelo crime de lavagem de dinheiro em um dos processos da Operação Lava-Jato. Ele acusa o ex-juiz, e atual senador, Sergio Moro, e o deputado federal Deltan Dallagnol, de extorsão. Em despacho assinado no final da tarde desta quarta-feira, o magistrado determinou o desentranhamento dos documentos, a autuação como Petição (Pet) e o envio ao Procurador-Geral da República para que se manifeste, segundo informou a assessoria do ministro. O processo ocorre em sigilo. Em depoimento prestado na última terça-feira, 28, ao juiz da 13ª Vara da Justiça Federal, Eduardo Appio, Tacla Duran acusou Moro de extorsão. O advogado é investigado de operar contas no exterior. Elas foram criadas pela extinta Odebrecht para pagamento de propina. Duran alega ter sido alvo de perseguição por não aceitar ser extorquido e disse ser vítima de “bullying processual”. Durante o depoimento, o advogado relatou que foi procurado por uma pessoa que, segundo ele, atuou como cabo eleitoral do ex-ministro e por um advogado, que teria ligação com a esposa do senador, Rosangela Moro. Segundo Duran, este advogado teria oferecido um acordo de delação premiada no período das investigações. Após as falas do acusado, o juiz Eduardo Appio optou por enviar o caso ao STF.