Outros membros da quadrilha já foram identificados e estão em outro estado
Em entrevista ao programa Tribuna, da Rádio Vila Real, na manhã desta terça-feira (18), o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alexandre Correa Mendes, disse que as forças de segurança que atuam na busca aos responsáveis pelos ataques em Confresa (1.160 km a Noroeste) no último dia 9 já apreenderam um avião e uma carreta carregada com soja. As investigações contam com apoio da Polícia Civil de São Paulo, de onde o bando veio.
O coronel disse que as equipes policiais ainda estão na região do Tocantins, próximo à divisa com Mato Grosso e Pará, e receberam apoio da Polícia Militar de Minas Gerais, com a chegada de mais 30 homens. Segundo ele a região é de difícil acesso, com mata e áreas alagadas.
A força tarefa agora conta com um helicóptero que possui equipamento de visão termal, para que as buscas continuem durante a noite. "Estamos na primeira semana praticamente, eu tenho certeza q com muita paciência, com muita técnica ou eles vão se entregar ou vamos acabar nos confrontando mais uma vez", disse o coronel.
Ele confirmou a apreensão de uma aeronave, que estava em uma fazenda sem autorização, e a Polícia Civil já está apurando o motivo do avião ter pousado naquele local. Também foi apreendida uma carreta carregada com soja.
As polícias desconfiaram porque o veículo, ao invés de seguir em direção aos portos para entregar a carga, estava seguindo na mesma direção para onde fugiram os suspeitos. Isso também está sendo investigado. Mendes confirmou que os suspeitos ainda estão em Tocantins, se dividiram em dois ou três grupos e possuem equipamentos de comunicação por satélite.
O comandante-geral também afirmou que já foram identificados outros integrantes do grupo criminoso, que estão em outro estado. A Polícia Civil de São Paulo tem colaborado nas investigações contra estes suspeitos. "Primeira vez que estes membros participam de um cangaço no Mato Grosso, na região norte do estado, mas já temos essa confirmação que é o mesmo bando, o mesmo modus operandi de quando fazem ataques em São Paulo [...] foram identificados e iremos sim captura-los mortos ou vivos".
MILHÕES EM EMPRESA
Mendes ainda esclareceu que Confresa foi o lugar escolhido para o ataque porque os criminosos acreditavam que a empresa que foi alvo, especializada em segurança e transporte de valores, estaria com milhões de reais armazenados, dinheiro que depois seria distribuído para outros municípios na região e também no Pará e Tocantins. No entanto, essa informação não se confirmou.
"A informação que tinham é que chegava dinheiro de avião, é levado à empresa Brink"s e ela fazia distribuição [...] só q essa informação não é verdadeira, Confresa não recepciona tanto dinheiro assim. Quando foram pra lá imaginavam que tinha milhões armazenados, e isso não é verdade [...] o planejamento operacional deles foi feito por conta desta informação".