Os sete fuzis apreendidos no confronto envolvendo policiais militares e bandidos que invadiram e sitiaram o município de Confresa (1.160km de Cuiabá) no domingo de Páscoa, serão periciados pela Polícia Civil de Mato Grosso para saber qual a origem do armamento e de que maneira entraram no Brasil. O novo confronto foi registrado nesta terça-feira (18) em uma fazenda da região Vale Verde, em Tocantins e resultou na morte de mais quatro assaltantes. Anteriormente, outros dois já tinham sido mortos nos primeiros confrontos.
Em entrevista à TV Vila Real, nesta quarta-feira (19), o comandante da Polícia Militar de Mato Grosso, coronel Alexandre Corrêa Mendes, disse que há suspeita de que as armas de guerra, sendo quatro fuzis AK 47, um FAL 762 e dois de calibre ponto 50, chegaram por meio de contrabando. Ainda segundo o comandante, todo o armamento apreendido é de origem estrangeira.
"Nós fazemos aí a divisa com a Bolívia, Paraguai, a própria Argentina, são países que naturalmente há contrabandistas e os bandidos têm acesso a esses armamentos e conseguem trazer para o para o Brasil. Todos esses armamentos vão passar obviamente pela perícia e através da sua numeração vai tentar fazer a identificação. Mas muito improvável são armamentos furtados ou roubados em alguma unidade militar, mas posso reafirmar que a sua grande maioria são realmente de origem estrangeira que entra através de contrabando nosso país", afirmou o chefe da PM.
Ainda na troca de tiros quatro criminosos responsáveis pelo ataque em Confresa foram mortos em confronto com as Forças de Segurança de Mato Grosso, Tocantins, Pará, Goiás e Minas Gerais. A operação conta com 350 policiais de todos os estados envolvidos, sendo 130 agentes do Bope, GOE, CGGO e Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer). Até o momento, um criminoso foi preso e outros seis morreram durante trocas de tiros em regiões de mata de Tocantins.
TERROR EM CONFRESA - A movimentação em Confresa começou na tarde Domingo de Páscoa (8) quando bandidos fortemente armados atacaram o batalhão da Polícia Militar na cidade, na tentativa de iniciar uma onda de assaltos. No entanto, somente a empresa Brinks foi alvo dos assaltantes.
A empresa ficou com as paredes todas destruídas por explosivos, mas nenhum valor em dinheiro teria sido levado, conforme nota divulgada pela Brinks. Na cidade, pelo menos cinco veículos foram incendiados em locais estratégicos para dificultar a passagem de viaturas policiais. A Polícia Federal e as policiais civis de quatro estados estão auxiliando na busca pelos bandidos.
FOLHA MAX